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Nelson Évora recebeu medalha ainda pensa no recorde do Mundo

foto JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Nelson Évora recebeu medalha ainda pensa no recorde do Mundo

Não houve hino português, mas a bandeira subiu no Estádio Olímpico de Berlim e Nelson Évora recebeu a sua medalha de prata das mãos do ídolo dos saltadores da sua geração, Jonathan Edwards, o recordista do Mundo.

Quase 24 horas depois da derrota na final do triplo do Mundial Berlim2009, com o britânico Philips Idowu, Nelson ainda não fala da análise da prova, em que esteve "um pouquinho" abaixo do que fizera em Osaca2007 e nos Jogos Olímpicos Pequim2008, em ambos os casos com vitória.

Mas sai destes campeonatos com vontade de recuperar o ouro e diz que para evoluir, por vezes "é preciso dar um passo atrás, para depois dar dois à frente".

Diz que da derrota já percebeu "algumas falhas", mas também que "quando se está muito próximo da perfeição, está-se muito próximo de errar".

Habituado a ganhar, nos dois últimos anos, desvaloriza o segundo lugar, porque "ninguém é imbatível". No entanto, admite que "a sensação é diferente, quem recebe a medalha de prata, queria receber a de ouro."

O recorde nacional, que "ficou por bater" (17,74 metros) é o que o motiva para aceitar alguns convites para meetings e ir à final da IAAF, nas próximas semanas: "Se eu competir é para ficar com a melhor marca mundial do ano".

A competir hoje por Portugal apenas esteve Sara Moreira, numa das duas séries de 5.000 metros, com um apuramento directo, fácil, a "redimir-se" de ter "ficado à porta" nos 3.000 metros obstáculos.

Terminou em razoáveis 15.19,93 minutos, depois de "pegar" na corrida ao km 4 e fazer com que o primeiro grupo se reduzisse para seis unidades. Se não passasse directamente, seria sempre repescada.

Diz que assumiu a corrida, que então ia lenta, pois "não queria andar aos encontrões", limitando-se depois a entrar num lugar em que sabia ser certo o apuramento.

"Quando olhei para o ecrã vi que a quinta se estava aproximar (era então quarta), mas a sexta já estava longe", explica.

Sara, que só volta a correr sábado, não recuperou a 100 por cento dos obstáculos e queixou-se de "dores nos gémeos", uma situação que está a ser seguida clinicamente.

Para a final, não esconde a ambição e diz acreditar num "excelente resultado" - sem concretizar o lugar -, nomeadamente se a prova for rápida logo desde o arranque, sem grandes mudanças de ritmo.

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