Doença debilitante levou estudante de arte a pintar com a boca

Uma estudante britânica de arte foi aconselhada a desistir de pintar por ter uma doença debilitante que torna doloroso o simples facto de pegar no pincel. Heather Purdham decidiu antes aprender a pintar com a boca e conseguiu tirar notas brilhantes.

foto DR
Doença debilitante levou estudante de arte a pintar com a boca
Jovem aprendeu a pintar com a boca em meio ano

Heather Purdham é uma estudante de arte do Reino Unido que sofre de uma doença debilitante que lhe afeta os braços. Os médicos aconselharam a jovem de 17 anos a não prosseguir com o estudo de arte, pois poderia no futuro não conseguir pegar num pincel, tendo em conta as dores que o gesto lhe provoca atualmente.

Contudo, a jovem quis acabar o curso e, para tal, levou menos de um ano para aprender sozinha a desenhar e a pintar com a boca. "Os médicos disseram-me para desistir de arte no verão passado, mas eu sou muito teimosa", contou Heather Purdham ao tablóide britânico "Daily Mail". "Não me lembro de algum dia não ter gostado de desenhar, por isso sabia que tinha que me adaptar".

O processo de aprendizagem seguiu-se ao diagnóstico de síndroma de hipermobilidade, que relaxa as articulações, fazendo com que seja praticamente impossível agarrar objetos. A estudante começou a ter imensas dores no verão passado, enquanto fazia os exames ou quando pintava.

Ao início, os médicos pensaram que se tratava de outra doença e a jovem chegou a fazer uma cirurgia. Nos seis meses de recuperação foi impedida de desenhar com a mão direita e, inspirada pela artista britânica Alison Lapper, que nasceu sem braços, Heather Purdham começou a experimentar trabalhar com a outra mão, com os dedos, pés e boca.

Inicialmente a jovem só conseguia fazer rabiscos, mas a pouco e pouco foi desenvolvendo a técnica. A pintura que lhe garantiu a classificação máxima na escola levou 16 horas a completar. A jovem também conseguiu nota máxima em psicologia, a área que quer seguir.

"Eu quero trabalhar como pedopsiquiatra e adoraria usar a arte como terapia para inspirar as crianças a desafiarem-se a elas próprias. Espero que a minha história também as inpire", declarou a jovem ao "Daily Mail".

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