Sapo Saúde

Cientista português descobre novo biomarcador importante no diagnóstico de cancro

Equipa de Toronto descobriu novo mecanismo no diagnóstico de cancro cerebral pediátrico

8 de maio de 2013 - 12h10

Uma equipa internacional que integra o português Pedro Castelo-Branco descobriu um novo biomarcador, testado com sucesso em tumores cerebrais pediátricos, devendo prosseguir os estudos com outros tipos de cancro, disse hoje aquele investigador à agência Lusa.

“Este biomarcador pode detetar outras formas de cancro”, disse Pedro Castelo-Branco, que trabalha há cinco anos num hospital público pediátrico de Toronto, no Canadá.

Licenciado em Biologia pela Universidade de Aveiro e doutorado em Biologia Molecular pela congénere britânica de Oxford, é o autor principal de um artigo científico publicado na última edição da revista internacional “The Lancet Oncology”, com sede em Londres, em que relata os estudos com o novo biomarcador.

“Este biomarcador pode ajudar os clínicos a decidir, em cada caso, uma forma de tratamento adequada ao paciente”, adiantou Pedro Castelo-Branco à Lusa.

O trabalho já realizado envolveu 350 crianças e jovens com tumores cerebrais, seguidos em diferentes centros de investigação oncológica europeus e da América do Norte.

“Os pacientes de alto risco poderão ter terapias mais agressivas, enquanto os de baixo risco poderão ver as suas terapias diminuídas, reduzindo assim os efeitos secundários”, segundo o investigador do Sick Children, de Toronto.

Pedro Castelo-Branco e os colegas admitem que o biomarcador poderá proporcionar “resultados importantes” noutras manifestações da doença oncológica, também em adultos, como a leucemia, o cancro do cólon e da próstata.

“Os testes preliminares nestas áreas são igualmente promissores”, referiu.

Pedro Castelo-Branco participa agora num segundo estudo internacional para avaliar o potencial deste biomarcador no cancro da próstata.

"É um trabalho hercúleo, a estudar amostras de centenas de pacientes", afirmou, prevendo que os resultados possam ser conhecidos dentro de meio ano.

Esta investigação integra instituições alemãs, austríacas e canadianas, tendo ainda um parceiro português, o Serviço de Urologia e Transplantação Renal dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Lusa

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