Gabriel Leite Mota é o único doutorado português em Economia da Felicidade e acredita que o crescimento económico não pode ser um fim

Economista quer incluir direito à felicidade na Constituição

Gabriel Leite Mota, doutor em Economia da Felicidade
O Economista Feliz
D.R.
Dinheiro Vivo
Que o dinheiro não traz felicidade já diz o adágio popular. Mas o economista e investigador Gabriel Leite Mota construiu toda uma tese de doutoramento sobre a Economia da Felicidade - a versão que, segundo o autor, "faz os economistas convencionais darem risinhos como adolescentes quando ouvem falar de sexo, porque não sabem do que se trata".Como contribuito para acabar com "os risinhos de adolescentes", Gabriel Leite Mota criou o no Facebook.
"O crescimento económico não é um fim, é apenas um meio", explica Gabriel Leite Mota, que hoje deu uma palestra sobre o tema na Faculdade de Economia da Universidade do Porto. "A economia não pode ter só um fim materialista. O progresso económico só faz sentido se promover a felicidade", apontou.
Recordando os dias em que teve "dificuldade em arranjar um orientador de tese", por ser o primeiro a debruçar-se sobre o tema em Portugal, o economista admite que "as empresas já começam a aperceber-se do impacto da felicidade a vários níveis importantes, como a produtividade" e que, também a nível de outras áreas científicas, "há cada vez mais estudos e provas sobre, por exemplo, o benefício da felicidade para a longevidade ou a saúde".
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"Ninguém é feliz se viver um ano inteiro sempre de férias, como ninguém é feliz se viver sempre a trabalhar. Nenhuma das áreas da vida é substituível ou conduz à felicidade por si só", alertou o investigador.
A felicidade começa a ser encarada, também, do ponto de vista do êxito e surgem cada vez mais, a nível internacional, índices de felicidade, como o da Felicidade Interna Bruta  ou a Base de Dados Mundial de Felicidade. Gabriel Leite Mota diz que "é preciso construir teorias económicas que expliquem as relações entre economia e felicidade" para se poderem propôr novos indicadores de desenvolvimento. "Podemos aconselhar políticas e, por que não, ajudar a desenhar Constituições", rematou.
Economista Feliz

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