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Alda Sousa Por que renunciou deputada "a privilégios" de milhares de euros
A eurodeputada do
Bloco de Esquerda, Alda Sousa, decidiu renunciar ao subsídio de
reinserção de 12.400 euros e à pensão mensal vitalícia de 556,98 euros a
que tinha direito, e explica ao Diário de Notícias por que decidiu
fazê-lo.
Política
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Alda Sousa, eurodeputada do Bloco de Esquerda, regressa a
Portugal depois de um período profissional entre Estrasburgo e
Bruxelas. De volta a casa, a deputada de esquerda tinha direito, tal
como todos os restantes eurodeputados portugueses, a um subsídio de
reinserção e a uma pensão mensal como prémio pelo trabalho realizado
fora de Portugal, mas Alda Sousa renunciou a estas benesses.
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De volta a Portugal, Alda Sousa revela que vai voltar à vida
académica, onde é professora. A deputada do Bloco de Esquerda disse ao
Diário de Notícias que tinha direito a um subsídio de reintegração de
12.400 euros e, a partir dos 63 anos, a uma pensão vitalícia de 556,98
euros, valores a que decidiu renunciar primeiro porque o seu regresso à
educação “não é considerado como uma reintegração”, e segundo porque
defende que “a pensão vitalícia deveria terminar”.
“Uma pensão vitalícia associada ao exercício do mandato público é
diferente de uma pensão social ou contributiva; é um privilégio com o
qual não concordo!”, assinalou, defendendo que os descontos que “cada um
faz durante o seu mandato devem contar apenas para o cálculo da
reforma”.
Quanto aos salários pagos aos eurodeputados, Alda Sousa defende que
não são tão altos quanto se possa pensar, tendo em conta que o nível de
vida no estrangeiro é mais elevado e tendo também em conta que um
deputado que saia do país, além de ter que pagar contas no novo país de
residência, tem de continuar a suportar as despesas em Portugal.
De qualquer forma, a bloquista insurge-se “contra os verdadeiros
privilégios e contra as ajudas que considera supérfluas, como por
exemplo, as viagens em classe executiva”.
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