VISÃO
Terça feira, 8 de Julho de 2014
As autoridades norte-americanas anunciaram que vão acelerar o
processo de aprovação para colocar no mercado um novo tratamento
experimental que tem obtido resultados promissores na cura da leucemia.
Trata-se de uma imunoterapia personalizada conhecida pelo nome de
CTL019, desenvolvida pela Universidade da Pensilvânia e considerada um
"grande avanço" pela Agência Federal do Medicamento (FDA) dos Estados
Unidos, entidade que avalia todas as substâncias terapêuticas e
terapias.
Isto significa que esta terapia vai beneficiar de um processo
acelerado de avaliação por parte da FDA, tal como uma atenção particular
para a sua colocação no mercado, já que foi a primeira imunoterapia
contra o cancro a receber esta designação.
A terapia consiste em extrair células T imunitárias do paciente e
depois programá-las geneticamente em laboratório para que anulem as
células cancerígenas que produzem a proteína CD19.
Estas células T modificadas são depois injetadas no organismo do
paciente, onde se multiplicam e atacam diretamente o cancro, tendo 89
por cento dos pacientes tratados até agora entrado em remissão da
doença.
A primeira criança a receber o tratamento, Emily Whitehead, celebrou em maio dois anos de remissão da doença.
"Os primeiros resultados dão imensas esperanças para um grupo
desesperado de pacientes e muitos deles conseguiram recuperar uma vida
normal na escola ou no trabalho depois de receberem esta nova
imunoterapia personalizada", disse o chefe da equipa de pesquisa da
Universidade de Pensilvânia, Carl June.
A universidade aliou-se em 2012 à empresa farmacêutica Novartis para
desenvolver e autorizar testes com esta terapia para o tratamento de
vários tipos de cancro.
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