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Cientistas descobrem como inibir doenças autoimunes como a esclerose múltipla
Cientistas descobriram como converter as células que agem como agressoras em protetoras
3 de setembro de 2014 - 16h31
Investigadores da Universidade britânica Bristol anunciaram hoje
uma importante descoberta na luta contra as doenças autoimunes
debilitantes, nomeadamente a esclerose múltipla, ao revelar como parar
as células que atacam o tecido de um corpo saudável.
Hoje, a revista ScienceDaily refere que a equipa de pesquisadores
descobriu como converter as células que agem como agressoras em
protetoras contra a doença.
De acordo com a publicação científica, esta é uma descoberta que
pode levar à utilização generalizada de imunoterapia específica de
antigénio - substância que estimula a produção de anticorpos contra
agressões - para o tratamento de muitas doenças autoimunes, incluindo a
esclerose múltipla (MS), diabetes do tipo 1, doença de Graves, e lúpus
eritematoso sistémico (LES).
Para o investigador David Wraith, que liderou a pesquisa, "a
compreensão das bases moleculares da imunoterapia específica de
antigénio abre novas e excitantes oportunidades para aumentar a
seletividade da abordagem ao fornecer marcadores preciosos para medir
tratamento eficaz. Estas conclusões têm implicações importantes para os
muitos pacientes que sofrem de doenças autoimunes difíceis de tratar".
Correção da resposta autoimune
Em comunicado, a equipa de investigadores da Universidade de Bristol
revelou como a administração de fragmentos de proteínas que normalmente
são o alvo para o ataque leva à correção da resposta autoimune, em que
as células reagem contra o próprio corpo.
Este tipo de conversão tem sido aplicada às alergias, conhecidos
como "dessensibilização alérgica", mas a sua aplicação à doenças
autoimunes terá sido feita apenas recentemente.
A esclerose múltipla afeta mais de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo.
Por SAPO Saúde/Lusa
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