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Grécia: Médicos voluntários recusam prémio do Parlamento Europeu
Médicos da Clínica
Comunitária Metropolitana de Helleniko, que prestam serviços de saúde
gratuitos à população pobre, foram galardoados pelo Parlamento Europeu
(PE) com o Prémio de Cidadania. Hoje, em Bruxelas, explicaram que
recusam este prémio por causa da austeridade imposta ao seu país com a
conivência da maioria do PE.
16 de Outubro, 2015
Os
membros desta clínica social que dá apoio a quem não tem seguro de
saúde e está afastado do acesso à rede pública consideram um paradoxo
que uma instituição europeia lhes dê um prémio, uma vez que o trabalho
que desenvolvem tem como causa principal a austeridade imposta pelas
instituições europeias. Nesse sentido, após várias discussões durante o
verão, chegaram à conclusão que não o podiam receber.
Ao saberem da sua decisão, os serviços do Parlamento Europeu chegaram
a dizer-lhes que, nesse caso, não iriam cobrir as despesas da sua
viagem a Bruxelas. Em resposta, os elementos da clínica disseram que
faziam questão em estar presentes e que podiam cobrir eles próprios os
custos da deslocação. Mais tarde, os serviços do Parlamento Europeu
responderam que pagariam as viagens, embora não pudessem ter direito à
palavra na cerimónia.
Esta quinta-feira, os membros da clínica social de Helliniko foram
mesmo a Bruxelas e deram uma conferência de imprensa ao lado de um
eurodeputado do Syriza, denunciando que a posição oficial do Parlamento
Europeu é “inaceitável e humilhante e só vem confirmar que fizemos bem
em não aceitar o prémio”.
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