Primeiro
medicamento oncológico português testado
com sucesso
Passo assinalável no
tratamento dos cancros da cabeça e pescoço.
Por Lusa|Foto Pedro
Catarino
O primeiro medicamento oncológico português mostrou resultados
significativos no ensaio clínico de prova de conceito e foi assim dado um passo
assinalável no tratamento dos cancros da cabeça e pescoço, disse esta
quarta-feira o responsável pelo ensaio. Lúcio Lara Santos, do Instituto
Português de Oncologia (IPO) do Porto, responsável pelo ensaio clínico do
primeiro medicamento oncológico português, explicou à agência Lusa que este
passo assinalável no tratamento dos cancros da cabeça e pescoço abre a
possibilidade de tratamento para outros tumores sólidos. A primeira fase do
ensaio decorreu no Porto, no Instituto Português de Oncologia (IPO) e Hospital
da CUF, com um grupo de doentes voluntários e com o objetivo de avaliar a
segurança (tolerância) e o efeito antitumoral (eficácia) da Redaporfin, um
fármaco fotossensibilizador produzido em Portugal que tinha demonstrado já uma
grande eficácia em ensaios não clínicos em modelos animais. "Verificámos
que o tratamento com este medicamento de tumores malignos da cabeça e pescoço
(espinocelulares) revelou elevada segurança, uma vez que os efeitos colaterais
e adversos foram raros, não foram severos e revelaram-se de fácil
controlo", sublinhou o oncologista cirúrgico Lúcio Lara Santos, do IPO. O
primeiro medicamento oncológico português começou a ser desenvolvido em
Coimbra, a partir de 2010, pela empresa Luzitin, que nasceu a partir da
Bluepharma, farmacêutica que produz medicamentos para mais de 100 marcas,
exportando 85% da sua produção para 40 territórios, entre os mais exigentes do
mercado. Os ensaios clínicos tiveram início há cerca de dois anos e meio em
doentes para os quais já "não existiam soluções terapêuticas",
explicou Sérgio Simões, presidente da Luzitin, em declarações à agência Lusa.
"O ensaio foi realizado num grupo restrito de doentes, nos quais se
registaram resultados muitíssimo interessantes e que provam que o medicamento é
seguro e não desencadeia efeitos secundários severos", frisou. O presidente
da Luzitin salienta ainda que, no ensaio clínico, foi possível mudar a vida de
alguns doentes que estavam em cuidados paliativos, impossibilitados de comer e
falar, devido às características do tumor, e que após a terapêutica já
conseguiam comer e falar. Antes de chegar ao mercado, o medicamento vai passar
ainda por uma nova fase de ensaios com um grupo de doentes maior e depois,
segundo Sérgio Simões, é necessário encontrar parceiros para financiarem o
investimento para a sua produção. O responsável farmacêutico disse ainda que a
Redaporfin pode ser usado como tratamento do cancro das vias biliares, tumor
muito raro, mas extremamente severo e sem terapêutica. O medicamento vai também
ser candidatado à Agência Europeia do Medicamento com o estatuto de "medicamento
órfão". "Chama-se medicamento órfão porque vai dar resposta a uma
necessidade que não está colmatada. É uma mais-valia e vamos investir nesta
área e utilizar as 'vias-verdes' para as doenças raras para dar um salto
importante e fazer o medicamento chegar o mais rapidamente ao mercado",
sublinhou. Sérgio Simões prevê que, em 2020, o medicamento possa chegar ao
mercado como terapêutica para os tumores das vias biliares. Lúcio Lara Santos,
por outro lado, adiantou que o "efeito antitumoral observado foi muito
rápido, destruiu a totalidade do tumor tratado e que este efeito parece ser
sustentado ao longo do tempo", salientando que "a sua associação a
outros tipos de tratamentos sistémicos parece ser também promissor".
"Adicionalmente, a aplicação deste tratamento em doentes com outro tipo de
tumores com prognóstico muito desfavorável, como o colangiocarcinoma, poderá
conduzir a ganhos muito significativos para os doentes em termos de qualidade
de vida e de sobrevivência", acrescentou. Perante os resultados obtidos,
Lúcio Lara Santos considera que há razões científicas para que a comunidade
envolvida no estudo e tratamento destes tumores venha a integrar esta opção
terapêutica no protocolo de tratamento destes tumores. Segundo o especialista,
posteriormente, será conduzido um novo ensaio clínico num número de doentes
mais alargado, "o que permitirá definitivamente demonstrar o valor e os
benefícios da terapia fotodinâmica com Redaporfin em oncologia".
Primeiro medicamento
oncológico português testado com sucesso
Passo assinalável no tratamento dos cancros da cabeça e pescoço.
Por Lusa|09:00
partilhe
2240
0
Primeiro medicamento oncológico português testado com sucesso
Foto Pedro Catarino
2240
0
O primeiro medicamento oncológico português mostrou resultados
significativos no ensaio clínico de prova de conceito e foi assim dado
um passo assinalável no tratamento dos cancros da cabeça e pescoço,
disse esta quarta-feira o responsável pelo ensaio.
Lúcio Lara Santos, do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto,
responsável pelo ensaio clínico do primeiro medicamento oncológico
português, explicou à agência Lusa que este passo assinalável no
tratamento dos cancros da cabeça e pescoço abre a possibilidade de
tratamento para outros tumores sólidos.
A primeira fase do ensaio decorreu no Porto, no Instituto Português de
Oncologia (IPO) e Hospital da CUF, com um grupo de doentes voluntários e
com o objetivo de avaliar a segurança (tolerância) e o efeito
antitumoral (eficácia) da Redaporfin, um fármaco fotossensibilizador
produzido em Portugal que tinha demonstrado já uma grande eficácia em
ensaios não clínicos em modelos animais.
"Verificámos que o tratamento com este medicamento de tumores malignos
da cabeça e pescoço (espinocelulares) revelou elevada segurança, uma vez
que os efeitos colaterais e adversos foram raros, não foram severos e
revelaram-se de fácil controlo", sublinhou o oncologista cirúrgico Lúcio
Lara Santos, do IPO.
O primeiro medicamento oncológico português começou a ser desenvolvido
em Coimbra, a partir de 2010, pela empresa Luzitin, que nasceu a partir
da Bluepharma, farmacêutica que produz medicamentos para mais de 100
marcas, exportando 85% da sua produção para 40 territórios, entre os
mais exigentes do mercado.
Os ensaios clínicos tiveram início há cerca de dois anos e meio em
doentes para os quais já "não existiam soluções terapêuticas", explicou
Sérgio Simões, presidente da Luzitin, em declarações à agência Lusa.
"O ensaio foi realizado num grupo restrito de doentes, nos quais se
registaram resultados muitíssimo interessantes e que provam que o
medicamento é seguro e não desencadeia efeitos secundários severos",
frisou.
O presidente da Luzitin salienta ainda que, no ensaio clínico, foi
possível mudar a vida de alguns doentes que estavam em cuidados
paliativos, impossibilitados de comer e falar, devido às características
do tumor, e que após a terapêutica já conseguiam comer e falar.
Antes de chegar ao mercado, o medicamento vai passar ainda por uma nova
fase de ensaios com um grupo de doentes maior e depois, segundo Sérgio
Simões, é necessário encontrar parceiros para financiarem o investimento
para a sua produção.
O responsável farmacêutico disse ainda que a Redaporfin pode ser usado
como tratamento do cancro das vias biliares, tumor muito raro, mas
extremamente severo e sem terapêutica. O medicamento vai também ser
candidatado à Agência Europeia do Medicamento com o estatuto de
"medicamento órfão".
"Chama-se medicamento órfão porque vai dar resposta a uma necessidade
que não está colmatada. É uma mais-valia e vamos investir nesta área e
utilizar as 'vias-verdes' para as doenças raras para dar um salto
importante e fazer o medicamento chegar o mais rapidamente ao mercado",
sublinhou.
Sérgio Simões prevê que, em 2020, o medicamento possa chegar ao mercado
como terapêutica para os tumores das vias biliares.
Lúcio Lara Santos, por outro lado, adiantou que o "efeito antitumoral
observado foi muito rápido, destruiu a totalidade do tumor tratado e que
este efeito parece ser sustentado ao longo do tempo", salientando que
"a sua associação a outros tipos de tratamentos sistémicos parece ser
também promissor".
"Adicionalmente, a aplicação deste tratamento em doentes com outro tipo
de tumores com prognóstico muito desfavorável, como o colangiocarcinoma,
poderá conduzir a ganhos muito significativos para os doentes em termos
de qualidade de vida e de sobrevivência", acrescentou.
Perante os resultados obtidos, Lúcio Lara Santos considera que há razões
científicas para que a comunidade envolvida no estudo e tratamento
destes tumores venha a integrar esta opção terapêutica no protocolo de
tratamento destes tumores.
Segundo o especialista, posteriormente, será conduzido um novo ensaio
clínico num número de doentes mais alargado, "o que permitirá
definitivamente demonstrar o valor e os benefícios da terapia
fotodinâmica com Redaporfin em oncologia".
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/primeiro-medicamento-oncologico-portugues-testado-com-sucesso-em-tumores-da-cabeca-e-pescoco?utm_medium=Social&utm_source=Facebook&utm_campaign=BotoesSite&utm_content=facebook
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/primeiro-medicamento-oncologico-portugues-testado-com-sucesso-em-tumores-da-cabeca-e-pescoco?utm_medium=Social&utm_source=Facebook&utm_campaign=BotoesSite&utm_content=facebook
Primeiro medicamento
oncológico português testado com sucesso
Passo assinalável no tratamento dos cancros da cabeça e pescoço.
Por Lusa|09:00
partilhe
2240
0
Primeiro medicamento oncológico português testado com sucesso
Foto Pedro Catarino
2240
0
O primeiro medicamento oncológico português mostrou resultados
significativos no ensaio clínico de prova de conceito e foi assim dado
um passo assinalável no tratamento dos cancros da cabeça e pescoço,
disse esta quarta-feira o responsável pelo ensaio.
Lúcio Lara Santos, do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto,
responsável pelo ensaio clínico do primeiro medicamento oncológico
português, explicou à agência Lusa que este passo assinalável no
tratamento dos cancros da cabeça e pescoço abre a possibilidade de
tratamento para outros tumores sólidos.
A primeira fase do ensaio decorreu no Porto, no Instituto Português de
Oncologia (IPO) e Hospital da CUF, com um grupo de doentes voluntários e
com o objetivo de avaliar a segurança (tolerância) e o efeito
antitumoral (eficácia) da Redaporfin, um fármaco fotossensibilizador
produzido em Portugal que tinha demonstrado já uma grande eficácia em
ensaios não clínicos em modelos animais.
"Verificámos que o tratamento com este medicamento de tumores malignos
da cabeça e pescoço (espinocelulares) revelou elevada segurança, uma vez
que os efeitos colaterais e adversos foram raros, não foram severos e
revelaram-se de fácil controlo", sublinhou o oncologista cirúrgico Lúcio
Lara Santos, do IPO.
O primeiro medicamento oncológico português começou a ser desenvolvido
em Coimbra, a partir de 2010, pela empresa Luzitin, que nasceu a partir
da Bluepharma, farmacêutica que produz medicamentos para mais de 100
marcas, exportando 85% da sua produção para 40 territórios, entre os
mais exigentes do mercado.
Os ensaios clínicos tiveram início há cerca de dois anos e meio em
doentes para os quais já "não existiam soluções terapêuticas", explicou
Sérgio Simões, presidente da Luzitin, em declarações à agência Lusa.
"O ensaio foi realizado num grupo restrito de doentes, nos quais se
registaram resultados muitíssimo interessantes e que provam que o
medicamento é seguro e não desencadeia efeitos secundários severos",
frisou.
O presidente da Luzitin salienta ainda que, no ensaio clínico, foi
possível mudar a vida de alguns doentes que estavam em cuidados
paliativos, impossibilitados de comer e falar, devido às características
do tumor, e que após a terapêutica já conseguiam comer e falar.
Antes de chegar ao mercado, o medicamento vai passar ainda por uma nova
fase de ensaios com um grupo de doentes maior e depois, segundo Sérgio
Simões, é necessário encontrar parceiros para financiarem o investimento
para a sua produção.
O responsável farmacêutico disse ainda que a Redaporfin pode ser usado
como tratamento do cancro das vias biliares, tumor muito raro, mas
extremamente severo e sem terapêutica. O medicamento vai também ser
candidatado à Agência Europeia do Medicamento com o estatuto de
"medicamento órfão".
"Chama-se medicamento órfão porque vai dar resposta a uma necessidade
que não está colmatada. É uma mais-valia e vamos investir nesta área e
utilizar as 'vias-verdes' para as doenças raras para dar um salto
importante e fazer o medicamento chegar o mais rapidamente ao mercado",
sublinhou.
Sérgio Simões prevê que, em 2020, o medicamento possa chegar ao mercado
como terapêutica para os tumores das vias biliares.
Lúcio Lara Santos, por outro lado, adiantou que o "efeito antitumoral
observado foi muito rápido, destruiu a totalidade do tumor tratado e que
este efeito parece ser sustentado ao longo do tempo", salientando que
"a sua associação a outros tipos de tratamentos sistémicos parece ser
também promissor".
"Adicionalmente, a aplicação deste tratamento em doentes com outro tipo
de tumores com prognóstico muito desfavorável, como o colangiocarcinoma,
poderá conduzir a ganhos muito significativos para os doentes em termos
de qualidade de vida e de sobrevivência", acrescentou.
Perante os resultados obtidos, Lúcio Lara Santos considera que há razões
científicas para que a comunidade envolvida no estudo e tratamento
destes tumores venha a integrar esta opção terapêutica no protocolo de
tratamento destes tumores.
Segundo o especialista, posteriormente, será conduzido um novo ensaio
clínico num número de doentes mais alargado, "o que permitirá
definitivamente demonstrar o valor e os benefícios da terapia
fotodinâmica com Redaporfin em oncologia".
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/primeiro-medicamento-oncologico-portugues-testado-com-sucesso-em-tumores-da-cabeca-e-pescoco?utm_medium=Social&utm_source=Facebook&utm_campaign=BotoesSite&utm_content=facebook
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/primeiro-medicamento-oncologico-portugues-testado-com-sucesso-em-tumores-da-cabeca-e-pescoco?utm_medium=Social&utm_source=Facebook&utm_campaign=BotoesSite&utm_content=facebook
Primeiro medicamento oncológico português testado com sucesso
Foto Pedro Catarino
2240
0
O primeiro medicamento oncológico português mostrou resultados
significativos no ensaio clínico de prova de conceito e foi assim dado
um passo assinalável no tratamento dos cancros da cabeça e pescoço,
disse esta quarta-feira o responsável pelo ensaio.
Lúcio Lara Santos, do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto,
responsável pelo ensaio clínico do primeiro medicamento oncológico
português, explicou à agência Lusa que este passo assinalável no
tratamento dos cancros da cabeça e pescoço abre a possibilidade de
tratamento para outros tumores sólidos.
A primeira fase do ensaio decorreu no Porto, no Instituto Português de
Oncologia (IPO) e Hospital da CUF, com um grupo de doentes voluntários e
com o objetivo de avaliar a segurança (tolerância) e o efeito
antitumoral (eficácia) da Redaporfin, um fármaco fotossensibilizador
produzido em Portugal que tinha demonstrado já uma grande eficácia em
ensaios não clínicos em modelos animais.
"Verificámos que o tratamento com este medicamento de tumores malignos
da cabeça e pescoço (espinocelulares) revelou elevada segurança, uma vez
que os efeitos colaterais e adversos foram raros, não foram severos e
revelaram-se de fácil controlo", sublinhou o oncologista cirúrgico Lúcio
Lara Santos, do IPO.
O primeiro medicamento oncológico português começou a ser desenvolvido
em Coimbra, a partir de 2010, pela empresa Luzitin, que nasceu a partir
da Bluepharma, farmacêutica que produz medicamentos para mais de 100
marcas, exportando 85% da sua produção para 40 territórios, entre os
mais exigentes do mercado.
Os ensaios clínicos tiveram início há cerca de dois anos e meio em
doentes para os quais já "não existiam soluções terapêuticas", explicou
Sérgio Simões, presidente da Luzitin, em declarações à agência Lusa.
"O ensaio foi realizado num grupo restrito de doentes, nos quais se
registaram resultados muitíssimo interessantes e que provam que o
medicamento é seguro e não desencadeia efeitos secundários severos",
frisou.
O presidente da Luzitin salienta ainda que, no ensaio clínico, foi
possível mudar a vida de alguns doentes que estavam em cuidados
paliativos, impossibilitados de comer e falar, devido às características
do tumor, e que após a terapêutica já conseguiam comer e falar.
Antes de chegar ao mercado, o medicamento vai passar ainda por uma nova
fase de ensaios com um grupo de doentes maior e depois, segundo Sérgio
Simões, é necessário encontrar parceiros para financiarem o investimento
para a sua produção.
O responsável farmacêutico disse ainda que a Redaporfin pode ser usado
como tratamento do cancro das vias biliares, tumor muito raro, mas
extremamente severo e sem terapêutica. O medicamento vai também ser
candidatado à Agência Europeia do Medicamento com o estatuto de
"medicamento órfão".
"Chama-se medicamento órfão porque vai dar resposta a uma necessidade
que não está colmatada. É uma mais-valia e vamos investir nesta área e
utilizar as 'vias-verdes' para as doenças raras para dar um salto
importante e fazer o medicamento chegar o mais rapidamente ao mercado",
sublinhou.
Sérgio Simões prevê que, em 2020, o medicamento possa chegar ao mercado
como terapêutica para os tumores das vias biliares.
Lúcio Lara Santos, por outro lado, adiantou que o "efeito antitumoral
observado foi muito rápido, destruiu a totalidade do tumor tratado e que
este efeito parece ser sustentado ao longo do tempo", salientando que
"a sua associação a outros tipos de tratamentos sistémicos parece ser
também promissor".
"Adicionalmente, a aplicação deste tratamento em doentes com outro tipo
de tumores com prognóstico muito desfavorável, como o colangiocarcinoma,
poderá conduzir a ganhos muito significativos para os doentes em termos
de qualidade de vida e de sobrevivência", acrescentou.
Perante os resultados obtidos, Lúcio Lara Santos considera que há razões
científicas para que a comunidade envolvida no estudo e tratamento
destes tumores venha a integrar esta opção terapêutica no protocolo de
tratamento destes tumores.
Segundo o especialista, posteriormente, será conduzido um novo ensaio
clínico num número de doentes mais alargado, "o que permitirá
definitivamente demonstrar o valor e os benefícios da terapia
fotodinâmica com Redaporfin em oncologia".
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/primeiro-medicamento-oncologico-portugues-testado-com-sucesso-em-tumores-da-cabeca-e-pescoco?utm_medium=Social&utm_source=Facebook&utm_campaign=BotoesSite&utm_content=facebook
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/primeiro-medicamento-oncologico-portugues-testado-com-sucesso-em-tumores-da-cabeca-e-pescoco?utm_medium=Social&utm_source=Facebook&utm_campaign=BotoesSite&utm_content=facebook
Primeiro medicamento oncológico português testado com sucesso
Foto Pedro Catarino
2240
0
O primeiro medicamento oncológico português mostrou resultados
significativos no ensaio clínico de prova de conceito e foi assim dado
um passo assinalável no tratamento dos cancros da cabeça e pescoço,
disse esta quarta-feira o responsável pelo ensaio.
Lúcio Lara Santos, do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto,
responsável pelo ensaio clínico do primeiro medicamento oncológico
português, explicou à agência Lusa que este passo assinalável no
tratamento dos cancros da cabeça e pescoço abre a possibilidade de
tratamento para outros tumores sólidos.
A primeira fase do ensaio decorreu no Porto, no Instituto Português de
Oncologia (IPO) e Hospital da CUF, com um grupo de doentes voluntários e
com o objetivo de avaliar a segurança (tolerância) e o efeito
antitumoral (eficácia) da Redaporfin, um fármaco fotossensibilizador
produzido em Portugal que tinha demonstrado já uma grande eficácia em
ensaios não clínicos em modelos animais.
"Verificámos que o tratamento com este medicamento de tumores malignos
da cabeça e pescoço (espinocelulares) revelou elevada segurança, uma vez
que os efeitos colaterais e adversos foram raros, não foram severos e
revelaram-se de fácil controlo", sublinhou o oncologista cirúrgico Lúcio
Lara Santos, do IPO.
O primeiro medicamento oncológico português começou a ser desenvolvido
em Coimbra, a partir de 2010, pela empresa Luzitin, que nasceu a partir
da Bluepharma, farmacêutica que produz medicamentos para mais de 100
marcas, exportando 85% da sua produção para 40 territórios, entre os
mais exigentes do mercado.
Os ensaios clínicos tiveram início há cerca de dois anos e meio em
doentes para os quais já "não existiam soluções terapêuticas", explicou
Sérgio Simões, presidente da Luzitin, em declarações à agência Lusa.
"O ensaio foi realizado num grupo restrito de doentes, nos quais se
registaram resultados muitíssimo interessantes e que provam que o
medicamento é seguro e não desencadeia efeitos secundários severos",
frisou.
O presidente da Luzitin salienta ainda que, no ensaio clínico, foi
possível mudar a vida de alguns doentes que estavam em cuidados
paliativos, impossibilitados de comer e falar, devido às características
do tumor, e que após a terapêutica já conseguiam comer e falar.
Antes de chegar ao mercado, o medicamento vai passar ainda por uma nova
fase de ensaios com um grupo de doentes maior e depois, segundo Sérgio
Simões, é necessário encontrar parceiros para financiarem o investimento
para a sua produção.
O responsável farmacêutico disse ainda que a Redaporfin pode ser usado
como tratamento do cancro das vias biliares, tumor muito raro, mas
extremamente severo e sem terapêutica. O medicamento vai também ser
candidatado à Agência Europeia do Medicamento com o estatuto de
"medicamento órfão".
"Chama-se medicamento órfão porque vai dar resposta a uma necessidade
que não está colmatada. É uma mais-valia e vamos investir nesta área e
utilizar as 'vias-verdes' para as doenças raras para dar um salto
importante e fazer o medicamento chegar o mais rapidamente ao mercado",
sublinhou.
Sérgio Simões prevê que, em 2020, o medicamento possa chegar ao mercado
como terapêutica para os tumores das vias biliares.
Lúcio Lara Santos, por outro lado, adiantou que o "efeito antitumoral
observado foi muito rápido, destruiu a totalidade do tumor tratado e que
este efeito parece ser sustentado ao longo do tempo", salientando que
"a sua associação a outros tipos de tratamentos sistémicos parece ser
também promissor".
"Adicionalmente, a aplicação deste tratamento em doentes com outro tipo
de tumores com prognóstico muito desfavorável, como o colangiocarcinoma,
poderá conduzir a ganhos muito significativos para os doentes em termos
de qualidade de vida e de sobrevivência", acrescentou.
Perante os resultados obtidos, Lúcio Lara Santos considera que há razões
científicas para que a comunidade envolvida no estudo e tratamento
destes tumores venha a integrar esta opção terapêutica no protocolo de
tratamento destes tumores.
Segundo o especialista, posteriormente, será conduzido um novo ensaio
clínico num número de doentes mais alargado, "o que permitirá
definitivamente demonstrar o valor e os benefícios da terapia
fotodinâmica com Redaporfin em oncologia".
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/primeiro-medicamento-oncologico-portugues-testado-com-sucesso-em-tumores-da-cabeca-e-pescoco?utm_medium=Social&utm_source=Facebook&utm_campaign=BotoesSite&utm_content=facebook
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/primeiro-medicamento-oncologico-portugues-testado-com-sucesso-em-tumores-da-cabeca-e-pescoco?utm_medium=Social&utm_source=Facebook&utm_campaign=BotoesSite&utm_content=facebook
Comentários