Investigadores demonstram forma de evoluir de gene que resiste a antibióticos
Investigadores
portugueses demonstraram a forma de evoluir do gene que permite às
bactérias resistirem aos medicamentos, segundo um estudo hoje publicado
na revista científica PLOS Genetics.
O trabalho, do Instituto de
Tecnologia Química e Biológica António Xavier, da Universidade Nova,
mostra como o gene evoluiu, os mecanismos envolvidos e o número de vezes
que a resistência emergiu de forma independente, explica o organismo em
comunicado.
O Instituto lembra a capacidade de as bactérias se
tornarem resistentes aos antibióticos, o que acontece pela aquisição de
um gene, o mecA, que evoluiu de um gene inofensivo e “cuja presença
permite às bactérias continuarem a multiplicar-se mesmo na presença
deste antibiótico”.
O trabalho “demonstra que o uso de
antibióticos no tratamento de infeções e como aditivos na alimentação de
animais de produção para consumo humano” foi o que mais contribuiu
“para a evolução do gene inofensivo para a versão que permite resistir
aos antibióticos”.
“O objetivo deste estudo foi o de identificar
os passos do processo de evolução que permitiram que um gene inofensivo
em bactérias as tornasse resistentes aos antibióticos da família das
penicilinas”, disse Maria Miragaia, a investigadora responsável pelo
projeto e que, citada no comunicado, sublinha a importância do controlo
no uso de antibióticos para limitar e prevenir novos genes de
resistência.
O trabalho foi feito em colaboração entre a Nova e instituições suíças, dinamarquesas, inglesas e norte-americanas.
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