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Cientistas criaram vacina capaz de eliminar tumores cancerígenos
A injeção de pequenas quantidades de dois agentes imunitários em tumores sólidos conseguiu eliminar todos os vestígios de cancro em ratinhos, incluindo metástases disseminadas não tratadas, de acordo com um novo estudo publicado pelo Centro Médico da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
Steve Fisch                     
Segundo o estudo, esta abordagem terapêutica mostrou-se eficaz em vários tipos de cancro, "mesmo naqueles que surgem de forma espontânea", lê-se na investigação liderada por Ronald Levy e Idit Sagiv-Barfi da Universidade de Stanford.
Os investigadores, cujo estudo foi publicado na revista científica "Science Translational Medicine", acreditam que a aplicação de pequenas quantidades de agentes imunitários pode ser uma forma rápida e barata de tratar o cancro, sem causar os habituais efeitos secundários das terapias convencionais, como a radioterapia e a quimioterapia.
"Quando nós usamos estes dois agentes juntos, vemos a eliminação dos tumores em todo o corpo", comentou Ronald Levy, médico e professor de Oncologia na referida instituição de ensino. "Esta abordagem ignora a necessidade de identificar alvos imunitários específicos do tumor e não requer a ativação do sistema imunitário ou a personalização das células imunes de um paciente", acrescenta o oncologista.

Testes em humanos

Segundo Ronald Levy, em declarações ao portal ScienceDaily, um dos dois medicamentos já é utilizado para tratar tumores em humanos, o outro está ainda em fase de testes. Os responsáveis pela investigação dizem que, individualmente, cada uma das terapias ataca apenas um tipo de cancro, mas juntas podem ter um impacto mais potente e generalizado.
Depois dos resultados animadores observados em ratos, o novo método começou a ser testado em pacientes com linfomas.
"A nossa abordagem usa apenas uma aplicação de quantidades muito pequenas de dois agentes, para simular as células imunitárias dentro do próprio tumor. Nos ratos, vimos efeitos espantosos, em todo o corpo, incluindo na eliminação de todos e quaisquer tumores, independentemente do local", afirmou ainda o cientista.
Em Portugal, o número de mortes por cancro em 2016 foi de 27.900, mais três por cento do que no ano anterior, revelou hoje o diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas. Segundo Nuno Miranda, o cancro do pulmão foi o que mais mortes provocou, seguindo-se o carcinoma do cólon e reto, o da mama e o da próstata.

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