Australiano com sangue raro já salvou mais de 2 milhões de bebés
Publicado em 21 de Maio de 2013.
Um homem australiano que há 56 anos doa sangue – de um tipo extremamente raro – já salvou a vida de mais de dois milhões de bebés. James Harrison, 74 anos, tem um anticorpo no seu sangue capaz de salvar fetos com a doença de rhesus, uma incompatibilidade sanguínea entre mãe e filho.
Harrison permitiu a inúmeras mães darem à luz bebés saudáveis, graças ao seu tipo de sangue – incluindo a sua própria filha. Ele é dador regular desde os 18 anos, tendo já atingido um total de 984 doações. Mal se tornou dador, o seu sangue foi considerado tão especial que a sua vida foi assegurada em €758 mil (R$ dois milhões).
Já foi apelidado de “o homem com o braço de ouro” ou “o homem em dois milhões”. O seu sangue milagroso tem até permitido o desenvolvimento de uma vacina chamada Anti-D.
Harrison prometeu tornar-se dador aos 14 anos, quando foi submetido a uma cirurgia ao peito que lhe exigiu uma transfusão de 13 litros de sangue. “O sangue que recebi salvou-me a vida, por isso eu fiz a promessa de doar assim que tivesse 18 anos”, explica ele. Só aí é que foi descoberto o anticorpo raro de que era portador.
Milhares de bebés da Austrália morriam a cada ano vítimas da doença de rhesus. Outros recém-nascidos sofreram danos cerebrais permanentes devido a esta condição. A doença, que cria uma incompatibilidade entre o sangue da mãe e o do bebé, acontece por um ter sangue Rh positivo e o outro Rh negativo.
Quando se ofereceu para se submeter a uma série de testes na ajuda ao desenvolvimento da vacina Anti-D, Harrison – que é Rh negativo – recebeu transfusões de sangue Rh positivo. Percebeu-se então que o seu sangue podia tratar a doença e, desde então, tem sido administrado em centenas de milhares de mulheres. Já foi também dado a bebés recém-nascidos para impedir que desenvolvam mais tarde a doença.

Até hoje, estima-se que este homem já tenha ajudado a salvar 2,2 milhões de vidas. Harrison há-de chegar à milésima doação em Setembro deste ano.

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