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Lei do Português na Galiza publicada hoje no Diário Oficial entra em vigor na quarta-feira
Segundo o responsável, “a própria língua galega, pelo facto de ser
parecida com o português, outorga uma valiosa vantagem competitiva à
cidadania galega em muitas vertentes, nomeadamente na cultural, mas
também na económica”.
Por essa razão, sustenta: “devemos dotar-nos de métodos formativos e
comunicativos que nos permitam desenvolver-nos com naturalidade numa
língua que nos é próxima e nos concede uma grande projeção
internacional”.
Assim, “para a melhoria do desenvolvimento social, económico e
cultural galego, as autoridades devem promover todas as medidas
possíveis para melhor valorizar esta vantagem histórica”, sublinha, a
começar pela “incorporação progressiva da aprendizagem da língua
portuguesa no âmbito das competências em línguas estrangeiras nos
centros de ensino da Comunidade Autónoma da Galiza”.
A lei estipula igualmente que “deverão ser promovidas as relações a
todos os níveis com os países de língua oficial portuguesa, constituindo
este um objetivo estratégico do Governo galego”.
Para tal, “fomentar-se-á o conhecimento desta língua por parte dos
funcionários públicos, a participação das instituições em fóruns
lusófonos de todo o tipo – económico, cultura, ambiental, desportivo,
etc. -, bem como a organização, na Comunidade Autónoma Galega, de
eventos com a presença de entidades e pessoas de territórios que tenham o
português como língua oficial”.
O Governo regional galego propõe-se ainda promover e estimular junto
do Governo espanhol “a adoção de quantas medidas positivas sejam
necessárias para a aplicação das disposições da Diretiva 2007/65/CE do
Parlamento Europeu e do Conselho, sobre serviços audiovisuais sem
fronteiras, com o fim de favorecer e permitir a reciprocidade das
emissões televisivas e radiofónicas entre a Comunidade Autónoma da
Galiza e a República de Portugal, com a qual partilha património
linguístico”.
Por último, a nova lei dita que a Rádio-Televisão da Galiza
“promoverá os intercâmbios de produções audiovisuais e de programas
completos ou partes destes nos diversos géneros televisivos, bem como a
colaboração em matéria de projetos audiovisuais novos, a cooperação no
emprego de meios de produção técnicos e humanos e a partilha de
conhecimento aplicado à produção audiovisual ou à gestão empresarial,
com televisões de língua portuguesa”.
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