Novo tratamento em Coimbra ao cancro da próstata preserva potência sexual
Por Agência Lusa
publicado em 4 Nov 2014
publicado em 4 Nov 2014
A nova técnica, no entanto, “não é, para já, aplicável a todos os doentes com cancro da próstata”, esclareceu o médico
Uma
equipa coordenada pelo urologista Nuno Maia realizou hoje, em Coimbra,
um novo tratamento ao cancro da próstata, que visa “preservar a potência
sexual e a continência urinária” do paciente.
Nuno Maia disse à agência Lusa que “este procedimento inovador tem a
vantagem de causar a mínima agressão cirúrgica ao doente”, ao permitir a
eliminação, “apenas, de o núcleo de células malignas que se pretende
destruir”.
A realização deste tratamento a um homem de 64 anos, residente na
região Centro, envolveu quatro médicos e dois enfermeiros, com a
colaboração do urologista Massimo Valério, do hospital University
College of London, em Inglaterra.
A equipa realizou, num hospital privado de Coimbra, uma intervenção
denominada “eletroporação irreversível prostática”, com a ajuda de
agulhas e corrente elétrica, proporcionando “a tecnologia mais recente e
promissora no tratamento focal do cancro da próstata”.
Segundo Nuno Maia, coordenador da equipa de urologia da Idealmed
Unidade Hospitalar de Coimbra - local da intervenção -, uma das
vantagens desta técnica é “a preservação na totalidade da potência
sexual e continência urinária”.
O procedimento, realizado no bloco operatório, sob anestesia geral e
com apenas um dia de internamento, consiste na colocação de duas ou mais
agulhas no tecido prostático, com recurso à ecografia biplanar,
utilizando uma corrente elétrica “com determinadas características”.
O próprio sistema imunitário do doente removerá o tecido destruído,
“sem daí resultar qualquer sequela ou cicatriz”, adiantou à Lusa Nuno
Maia, que obteve formação específica, em Londres, realizando agora a sua
primeira intervenção com estas características.
A nova técnica, no entanto, “não é, para já, aplicável a todos os doentes com cancro da próstata”, esclareceu o médico.
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