Espera-se que os resultados estejam disponíveis no final de 2020.
A primeira vacina teste de HIV é lançada na África do Sul. O
projeto ambicioso designado por HVTN 702 tem como objetivo incluir 5.400
homens e mulheres sexualmente ativos entre 18 e 35 anos por toda a
África do Sul.
Anthony S. Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças
Infecciosas afirmou que “se for implantado ao lado do arsenal atual de
ferramentas comprovadas de prevenção do vírus, esta vacina pode muito
bem ser o último prego no caixão para o HIV”.
Embora os cientistas tenham sido capazes de criar vacinas para outros
vírus, desenvolver uma vacina para o HIV tem sido especialmente
desafiante, mas no caso de sucesso poderia reduzir significativamente as
infeções no mundo inteiro.
“Mesmo uma vacina moderadamente eficaz tem capacidade para diminuir
significativamente a carga da doença HIV ao longo do tempo”, disse Fauci
ao Time.
O HIV comporta-se ao contrário da maioria dos outros vírus em algumas
formas importantes, normalmente, quando uma pessoa é infetada com um
vírus o sistema imunológico cria anticorpos que combatem o bug, sendo
esse anticorpo o ponto de partida para a criação de medicamentos. O que é
complicado no HIV é que quando uma pessoa está infetada, esse mesmo
processo de desenvolver anticorpos não é acionado.
“Uma das razões pelas quais tem sido tão difícil fazer uma vacina
contra a sida é que o vírus infeta as próprias células do sistema
imunológico que a vacina é suposto induzir”, disse o principal autor,
Guido Silvestri, chefe de microbiologia e imunologia do Yerkes National
Primate Research Center.
Ainda assim, especialistas esperam que o novo ensaio da vacina funcione melhor do que as tentativas anteriores.
Espera-se que os resultados estejam disponíveis no final de 2020.
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