JNCirurgia inédita para os doentes com distoniaEfeitos da intervenção realizada ontem, quarta-feira, só serão visíveis dentro de alguns meses. Implante de um neuroestimulador recarregável evita mais duas operações Leonor Paiva Watson O Hospital de S. João, no Porto, tem realizado, pela primeira vez, ao longo da semana, implantes de neuroestimuladores recarregáveis em doentes com distonia. Ontem, quarta-feira, foi a vez do Tiago, com a doença desde os oito anos. A cirurgia consiste em colocar no cérebro um neuroestimulador que vai controlar as contracções musculares involuntárias que caracterizam a doença. Tiago, que depende de terceiros para efectuar qualquer tarefa, poderá recuperar alguma autonomia. Poderá, por exemplo, voltar a escrever ou a apertar o cordão dos sapatos. A novidade é que este neuroestimulador é novo e permite, ao contrário do usado outrora, ser recarregado, evitando que o doente seja sujeito a um implante de três em três anos e, assim, evitando os riscos a isso inerentes, como a anestesia geral e o risco de infecções. "O neuroestimulador velhinho precisava de ser substituído com todos os riscos que isso acarretava. Este, como é recarregável, pode durar nove anos", explicou Rui Vaz, director de neurocirurgia no Hospital de S. João. As expectativas dependem do tipo de distonia. No caso do Tiago, por exemplo, "é esperada uma melhoria significativa que pode ir dos 25% até aos 70%, que não será notada imediatamente", avançou aquele responsável. A razão de uma tão ampla expectativa deve-se ao facto de o Tiago ter uma distonia primária, mais permeável a este tipo de intervenção. "Há dois tipos de distonia, a primária e a secundária. Na primeira, desconhece-se a causa, parte das distonias primárias são genéticas; na segunda, a causa pode ter sido, por exemplo, um mau parto", pormenorizou. Distonia focal já é contemplada O diagnóstico foi feito ao Tiago por volta dos oito anos. Tem uma distonia primária que começou por ser focal (ou seja, apenas um pé apresentava movimentos incontroláveis) que passou depois a distonia generalizada (isto é, todo o corpo apresenta movimentos frenéticos e incontroláveis). |
ZAP Ouvir 30 segundos de uma sonata de Mozart pode reduzir ataques de epilepsia Por Daniel Costa - 19 Setembro, 2021 Otto Erich / Wikimedia Wolfgang Amadeus Mozart, por Barbara Krafft (1764–1825) Ouvir a Sonata para Dois Pianos em Ré Maior (K448), de Wolfgang Amadeus Mozart, durante pelo menos 30 segundos, ajuda a reduzir a atividade elétrica cerebral associada à epilepsia resistente a medicação. Os resultados também sugerem que as respostas emocionais positivas à K448 podem contribuir para os seus efeitos terapêuticos . As conclusões são de um novo estudo publicado na revista Scientific Reports . Um estudo anterior já mencionava as qualidades terapêuticos desta sonata , mas não se sabia o impacto da duração da música e as razões que justificam este fenómeno, escreve o Medical Xpress . Em 1993, investigadores já tinham relatado que depois de estudantes universitários ouvirem esta sonata de Mozart durante dez minutos, eles mostraram ...
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