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Portugueses descobrem gene da enxaqueca

Herança genética determina susceptibilidade à doença que afecta mais de um décimo da população

Mais de um décimo da população sofre de enxaquecas: dores de cabeça, no pescoço ou na zona cervical causadas por vasos sanguíneos dilatados. Agora, investigadores descobriram que a susceptibilidade à enxaqueca pode estar ligada ao gene STX1A, responsável pela produção da proteína sintaxina 1A, que regula a libertação de neurotransmissores no sistema nervoso central.

Um grupo de investigadores portugueses do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto estudou 475 de pessoas - 188 doentes que sofrem de enxaqueca e um grupo de controlo de 287 pessoas sem sintomas da doença - com o objectivo de identificar variantes que apontassem uma maior susceptibilidade de determinados grupos familiares para a enxaqueca. Os resultados mostraram duas variantes genéticas associadas a um risco aumentado de enxaqueca nos doentes. O estudo, publicado na revista científica "Archives of Neurology", permitiu pela primeira vez a associação efectiva do gene à susceptibilidade da doença, tornando ainda possível identificar uma nova variante do gene em questão que nunca tinha sido associada à enxaqueca.

A descoberta, esperam os cientistas, abrirá caminho para novas terapêuticas para esta doença incapacitante. Os cientistas portugueses avançam ainda que a identificação destas variantes genéticas explica o risco aumentado de enxaqueca na população portuguesa.

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