PÚBLICO

Entrevista com Rubens Figueiredo

Para que a rotina não deixe que se banalize a desigualdade

Por Isabel Coutinho


Rubens Figueiredo segura o galardão do prémio PT Literatura 2011 Rubens Figueiredo segura o galardão do prémio PT Literatura 2011 (Foto: DR)
Vencedor do Prémio Portugal Telecom de Literatura 2011 conversou com o PÚBLICO, por telefone, a partir do Rio de Janeiro. Conta como nasceu a ideia de “Passageiro do fim do dia”, o romance que recebeu esta madrugada o prémio.

O vencedor do Prémio Portugal Telecom de Literatura 2011, o escritor brasileiro Rubens Figueiredo ri-se do outro lado da linha telefónica, nesta conversa entre Lisboa e o Rio de Janeiro, quando lhe perguntámos se passou a ser só escritor e tradutor a tempo inteiro. “Não, sou professor. [risos] É o que mais gosto de fazer.”

É professor de Português e tradução literária numa escola pública do Rio de Janeiro. Foi de lá que, no dia seguinte à atribuição do Prémio Portugal Telecom ao seu romance “Passageiro do fim do dia” (Companhia das Letras), contou ao PÚBLICO como nasceu a ideia deste livro em que quis abordar a questão da desigualdade social e da dificuldade de vermos os outros como iguais a nós mesmos. Nada melhor do que uma viagem de autocarro, do centro da cidade para a periferia, na hora de ponta de um dia de semana, para se abordar este tema. O autocarro percorre várias localidades da cidade e reúne pessoas numa determinada situação: em que se observam, pensam, têm experiências. Enfim, essa foi a ideia de que partiu Rubens Figueiredo para criar a sua obra.

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