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'Eléctrico' português perto de chegar às estradas
por Emanuel Costa

Foi apresentado há momentos em Lisboa um carro eléctrico totalmente desenvolvido em Portugal. O Veeco RT tem apenas três rodas, mas acelera até aos 160 km/h e pode ter uma autonomia de 400 km.

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O Veeco RT é um modelo desportivo, de dois lugares, em formato reverse trike (tem duas rodas à frente, direccionais, e uma na traseira, maior) e as portas abrem para cima, como as dos Lamborghini. Além destas características fora do vulgar, o design do carro assemelha-se a uma gota, o que lhe dá uma maior eficiência aerodinâmica. Essa foi uma das maiores preocupações dos promotores do projecto – o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e a empresa VE – Fabricação de Veículos de Tracção Eléctrica, do Entroncamento. O projecto teve ainda financiamento do QREN.

Apesar de ter três rodas, o Veeco RT pode circular em todas as estradas. As prestações não são de um verdadeiro desportivo, mas estão muitos pontos acima de outros modelos 100% eléctricos. O carro português pode chegar aos 160 km/h e acelerar aos 100 km/h em apenas oito segundos. Além disso tem uma autonomia base de 200 km (150/160 na maioria dos carros eléctricos), que pode ser alargada para 400 km caso se opte por um pack de baterias maior.

O Veeco tem os mostradores centrados num ecrã, como o de um computador, que agrega ainda rádio e leitor de música e vídeo, bem como navegação na internet e um sistema de navegação por GPS, que permite calcular rotas em função de postos de carregamento disponíveis. Os responsáveis pelo carro estão ainda a desenvolver um sistema de assistência remota para resolver problemas relacionados com o software.

As baterias do carro português são de iões de lítio, de última geração, sendo geridas através de um sistema que controla o funcionamento ao mesmo tempo que informa o condutor sobre o estado de carga. Tal como os restantes modelos eléctricos do mercado, o Veeco pode ser carregado numa tomada caseira ou num dos postos de carregamento que já existem em Portugal.

Segundo os responsáveis pelo projecto, este modelo é ainda um protótipo, mas já «corresponde a 90%» do que será a versão final, restando apenas «incorporar melhorias nos acabamentos do interior». Vai ser vendido directamente pela marca, com um volume de unidades reduzido. A empresa aposta nas possibilidades de personalização de interiores e equipamentos e os clientes vão poder seguir o processo de produção do seu carro.

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