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Um inquérito realizado a 3.500 jovens europeus revelou que 70 por cento

estão contra a aplicação mais severa de leis de direitos de autor

na Internet, informou hoje o Parlamento Europeu dos Jovens.








O inquérito, realizado pelo Parlamento Europeu dos Jovens em conjunto com a Fundação Mercator, envolveu 3.484 participantes entre os 16 e os 27 anos de 44 países europeus, incluindo 239 portugueses, o terceiro país mais representado, a seguir à Alemanha e à Roménia.

Segundo comunicado da organização do barómetro, em resposta à frase “As leis de direitos de autor devem ser aplicadas de forma mais severa na Internet”, 70 por cento dos participantes mostraram desacordo com a mesma.

Os números surgem numa altura em que a Europa e os Estados Unidos têm assistido a discussões acesas sobre tratados e acordos que visam reforçar os poderes das autoridades face a infrações de direitos de autor, em particular através da partilha de ficheiros na Internet, como foi a questão do documento norte-americano de nome SOPA e o Acordo Comercial Anticontrafação (ACTA), neste momento a ser analisado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia.

Enquanto os Estados participantes nos documentos dizem ser necessário proteger os titulares de direitos de autor, os críticos apontam para limitações das liberdades e direitos dos cidadãos, que podem restringir o uso da Internet.

Em relação à partilha de músicas e filmes protegidos por direitos de autor “sem autorização para uso pessoal”, 63,2 por cento dos inquiridos pelo questionário do Parlamento Europeu dos Jovens disse-se contra uma visão que encare esta ação como errada.

"Estas opiniões provêm da primeira geração que compreende na íntegra tanto as oportunidades como os riscos das novas tecnologias", escrevem os autores do inquérito.

No que toca à recolha de dados pelas empresas através da navegação na Internet, quatro em cada cinco dos jovens inquiridos afirmaram estar preocupados com estas circunstâncias, metade dos quais “muito preocupados”.

Favoráveis à integração de mais países na União Europeia, os jovens participantes responderam em massa de forma positiva às possibilidades das redes sociais num contexto político: 83 por cento disseram que as redes sociais vão ter um impacto positivo na participação democrática.

Diário Digital com Lusa

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