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Imagens de satélite ajudam na contagem de pinguins

Um grupo de cientistas conseguiu, pela primeira vez, fazer a contagem do número de pinguins-imperador que vivem na Antártida, a partir do espaço. Através de imagens de alta-resolução transmitidas via satélite, foi possível ver o tamanho aproximado das colónias destas aves.

Os cientistas conseguiram fazer o primeiro censo de pinguins-imperador graças a técnica "pansharpening", que aumenta a resolução das imagens de satélite e permite fazer a distinção entre os pinguins e os elementos do seu "habitat" natural, a Antártida.

Apesar de os animais já terem sido vistos a partir do espaço, a tecnologia existente ainda não tinha permitido fazer a contagem. Agora, de acordo com um estudo levado a cabo pelo Centro Britânico de Investigação da Antártida, é possível que a comunidade tenha o dobro do número de animais anteriormente estipulado.

A equipa de contagem examinou imagens transmitidas pelos satélites privados "Quickbird2", "Worldview2" e "Ikonos", em 2009, que mostraram uma população de pinguins-imperador com cerca de 595 mil indivíduos, quase o dobro do número registado na contagem de 1992, onde foram identificados entre 270 e 350 mil animais."Não acreditei que fossem de facto pinguins, mas quando observei as imagens várias vezes percebi que não poderiam ser outra coisa", recordou a co-autora do projeto, Michelle LaRue.

Os avanços tecnológicos na transmissão de imagens via satélite foram um marco no estudo da evolução da espécie, uma vez que permitiram maior exatidão no registo do número de pinguins-imperador que existem atualmente na Antártida.

As aves, que são quase impossíveis de estudar por viverem em locais gelados e inacessíveis, foram facilmente identificáveis devido às cores da plumagem e à existência de alta-resolução na transmissão das imagens, contou Peter FretWell, líder do projeto.

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