Rádio Renascença
II Guerra Mundial
Hollande é o segundo Presidente a assumir culpa na deportação de judeus
Reportagem de Joana Carvalho Fernandes, em Paris.
Estima-se que a França, ocupada pela Alemanha nazi, tenha deportado entre 75 mil e 100 mil judeus para campos de concentração e que apenas 2.500 tenham sobrevivido.
22-07-2012 13:44 por Joana Carvalho Fernandes, em Paris
O Presidente francês condenou publicamente a chamada razia do Velódromo de Inverno, em Paris, um episódio passado em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, quando a polícia prendeu e enviou para campos de concentração perto de 13 mil judeus. François Hollande é o segundo Presidente francês a assumir a culpa das autoridades do seu país neste massacre.
A detenção de mais de 13 mil judeus, entre os dias 16 e 17 de Julho de 1942, e o seu envio para campos de concentração nazis, foram crimes cometidos “em França, pela França”. Estas palavras do Presidente francês estão escritas num livro publicado este domingo, para assinalar 70 anos passados sobre a rusga do Velódromo de Inverno, em Paris.
Depois de Jacques Chirac, em 1995, François Hollande assumiu as culpas do país no episódio que abriu portas à deportação de largos milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
“Esse crime aconteceu aqui, na nossa capital, em Paris. Esse crime abriria as portas a outras rusgas por toda a França. Essas rusgas que iriam conduzir judeus – e não apenas judeus, também ciganos, e certas famílias – numa acção sem precedentes, e que não pode ser comparada com nada: a tentativa de aniquilar todos os judeus do continente europeu”, assumiu Hollande.
Até às declarações de Jacques Chirac, a França negou responsabilidades na deportação de judeus durante a Guerra. Mesmo o único Presidente socialista da V República antes de François Hollande, François Miterrand, assumiu essa posição. Hoje, Hollande elogiou também a lucidez e coragem de Chirac.
Estima-se que a França, ocupada pela Alemanha nazi, tenha deportado entre 75 mil e 100 mil judeus para campos de concentração e que apenas 2.500 tenham sobrevivido.
A detenção de mais de 13 mil judeus, entre os dias 16 e 17 de Julho de 1942, e o seu envio para campos de concentração nazis, foram crimes cometidos “em França, pela França”. Estas palavras do Presidente francês estão escritas num livro publicado este domingo, para assinalar 70 anos passados sobre a rusga do Velódromo de Inverno, em Paris.
Depois de Jacques Chirac, em 1995, François Hollande assumiu as culpas do país no episódio que abriu portas à deportação de largos milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
“Esse crime aconteceu aqui, na nossa capital, em Paris. Esse crime abriria as portas a outras rusgas por toda a França. Essas rusgas que iriam conduzir judeus – e não apenas judeus, também ciganos, e certas famílias – numa acção sem precedentes, e que não pode ser comparada com nada: a tentativa de aniquilar todos os judeus do continente europeu”, assumiu Hollande.
Até às declarações de Jacques Chirac, a França negou responsabilidades na deportação de judeus durante a Guerra. Mesmo o único Presidente socialista da V República antes de François Hollande, François Miterrand, assumiu essa posição. Hoje, Hollande elogiou também a lucidez e coragem de Chirac.
Estima-se que a França, ocupada pela Alemanha nazi, tenha deportado entre 75 mil e 100 mil judeus para campos de concentração e que apenas 2.500 tenham sobrevivido.
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