Este foi um dos dados obtidos pelo Projeto de Monitorização
do Desmatamento na Amazónia Legal (Prodes), numa pesquisa feita pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
De acordo com o estudo, de 2004 a 2014, a taxa anual de
desflorestação da Amazónia, que abrange os estados do Acre, Amazonas,
Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, caiu
de 27.772 km² para 5.012 km².
O levantamento foi feito com base em mais de 200 imagens de satélite e mostrou ainda que, de agosto de 2013 a julho de 2014, houve uma queda de 15%
na desflorestação da região em relação ao período anterior, o que
equivale a 5.891 km². Este é o segundo menor índice da série histórica
iniciada em 1988.
De acordo com a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
os resultados devem-se às políticas públicas de combate à
desflorestação que têm sido desenvolvidas pelo governo e a expectativa é
a de continuar esta redução, aumentando a parceria com os estados.
“Tem sido feito um esforço muito grande no combate à ilegalidade,
assim como um esforço de grandes políticas públicas de regularização e
destinação de terras”.
“Há também o esforço da regularização dos assentamentos rurais e acho
que existe também uma maior consciencialização. Agora temos de evoluir
para que os estados estejam envolvidos”, afirmou a ministra, citada pela
Sputnik.
O Ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo,
está satisfeito com os números e diz que estes dados só mostram o êxito
da política ambiental que está a ser aplicada no Brasil.
Relembra ainda a conversa que teve, durante uma visita ao Museu
Espacial da Rússia, com um astronauta sobre o que ele via do espaço.
“Como é que vê a Rússia? Ele disse que tem uma área muito grande e escura que é desabitada. Como é que você vê a Europa? Ele disse que com muitos pontos de luz que correspondem ao grande número de cidades. E como você vê os Estados Unidos? Ele disse que com muitas linhas de luz, que correspondem ao grande número de rodovias. E como você vê o Brasil? Ele disse: com muita mata e muito rio. É o que nós vemos lá do espaço na região da Amazónia”.
Segundo Aldo Rebelo, o estado do Amazonas, com 1,6 milhão m², tem um território 3 vezes maior do que, por exemplo, a França, e ainda possui entre 98% e 99% de vegetação nativa, o que reflete o quanto foi preservado.
“Toda a área ocupada da Amazónia para agricultura, pecuária, cidades,
infraestrutura, estradas, hidroelétricas, varia entre 1% e 2 % do total
da área do estado do Amazonas. Então, de facto, é ainda, uma área de
grande preservação”.
De acordo com o Prodes, os estados que mais reduziram as taxas de
desflorestação na Amazónia foram o Maranhão (36%), Tocantins (32%) e
Rondônia (27%).
Por outro lado, foram verificados aumentos no Acre (40%), no Amapá (35%) e em Roraima (29%).
ZAP / Sputnik
Comentários