Frescura e sabor sem químicos. Investigadores do Porto desenvolvem nova tecnologia para conservar alimentos
Uma
tecnologia para conservar os alimentos sem recurso a tratamento térmico
nem substâncias químicas foi desenvolvida por investigadores do Porto
com o intuito de gerar produtos mais seguros, mantendo a sua frescura e
sabor.
Para além disso, com este
projeto, pretende-se responder “às novas tendências biológicas e ao
perfil cada vez mais ‘conscious consumer’ (consumidor consciente) a
nível mundial”, indicou.
De acordo com o investigador, muitos dos alimentos processados são submetidos a tratamentos com altas temperaturas (alguns acima dos 70 graus centígrados), como a pasteurização, com o propósito de reduzir ou eliminar a carga microbiana potencialmente nociva à saúde dos consumidores, garantindo a sua segurança alimentar.
No entanto, apesar de a aplicação do calor proporcionar um “alimento seguro”, esta tem “um impacto negativo nas características associadas à sua frescura e sabor”.
A tecnologia, desenvolvida no âmbito do projeto Bio-Cold Pasteurization, promove a inativação microbiana através da utilização sinérgica de agentes antimicrobianos naturais e alta pressão, a uma temperatura máxima de 20 graus centígrados.
De acordo com o investigador, muitos dos alimentos processados são submetidos a tratamentos com altas temperaturas (alguns acima dos 70 graus centígrados), como a pasteurização, com o propósito de reduzir ou eliminar a carga microbiana potencialmente nociva à saúde dos consumidores, garantindo a sua segurança alimentar.
No entanto, apesar de a aplicação do calor proporcionar um “alimento seguro”, esta tem “um impacto negativo nas características associadas à sua frescura e sabor”.
A tecnologia, desenvolvida no âmbito do projeto Bio-Cold Pasteurization, promove a inativação microbiana através da utilização sinérgica de agentes antimicrobianos naturais e alta pressão, a uma temperatura máxima de 20 graus centígrados.
Numa primeira fase, explicou o
investigador, os agentes antimicrobianos naturais são incorporados nos
alimentos, sendo depois embalados e submetidos a condições mínimas de
alta pressão e temperatura de refrigeração.
A tecnologia, que
demorou cerca de dois anos a ser desenvolvida, pode ser aplicada a uma
vasta gama de alimentos, “diferenciando-se pela sua capacidade de gerar
uma multiplicidade de ‘cocktails’ de agentes antimicrobianos, formulados
à medida, que levam à inativação de diversos agentes patogénicos em
diferentes tipos de alimentos”, acrescentou Norton Komora.
A ideia
para este projeto surgiu da necessidade de atingir a ausência de
bactérias patogénicas em alimentos tradicionais que não podem sofrer
processamento térmico, pois perdem as suas principais características,
como é o caso dos queijos de leite cru, dos produtos de charcutaria
frescos e fermentados e dos mariscos.
Para além de Norton Komora
participam no projeto os investigadores Cláudia Maciel, Paula Teixeira e
Sónia Marília Castro, da ESB, e Jorge Saraiva, do Departamento de
Química da Universidade de Aveiro.
O Bio-Cold Pasteurization foi
um dos dois projetos premiados, em julho, na primeira edição do
Biotech_agrifood Innovation, um concurso da ESB que visa contribuir para
a valorização de resultados de investigação no setor agroalimentar.
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