Investigadores da UMinho encontram a origem do aumento benigno da próstata
Uma
equipa de investigadores da Universidade do Minho (UMinho) concluiu que
o aumento benigno da próstata tem origem na falta do neurotransmissor
serotonina, apontando os resultados para "novos alvos terapêuticos" no
tratamento daquela doença, anunciou hoje a academia.
O estudo, publicado
na revista "Scientific Reports", do grupo Nature, aponta que "o aumento
benigno da próstata deve-se à falta do neurotransmissor serotonina,
dificultando o fluxo da urina e o esvaziamento da bexiga".
Os
investigadores do ICVS, explana o texto, "analisaram modelos animais e
linhas celulares e perceberam que a presença de serotonina inibe o
crescimento benigno da próstata" e que "isso sucede porque se diminui a
expressão do recetor de hormonas sexuais masculinas, como a
testosterona".
Os resultados, salienta o texto, "apontam para
novos alvos terapêuticos nesta doença, nomeadamente a aplicação de
fármacos que ativem o recetor da serotonina, inibindo o crescimento
benigno da próstata".
A experiência com ratinhos demonstrou que, ao ser-lhes retirada a serotonina, a próstata aumentava de tamanho.
O
estudo foi realizado por Emanuel Carvalho-Dias, Alice Miranda, Olga
Martinho, Paulo Mota, Ângela Costa, Cristina Nogueira-Silva, Rute S.
Moura, Riccardo Autorino, Estêvão Lima e Jorge Correia-Pinto, todos do
ICVS e Escola de Medicina da UMinho, sendo alguns deles também do
Hospital de Braga.
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