Descoberta promissora para a cura do cancro do ovário


Um novo tratamento para o cancro do ovário reduziu drasticamente a reincidência da doença. Um estudo agora publicado no New England Journal of Medicine relata a investigação feita com 390 pacientes que já tiveram cancro do ovário e que foram submetidas a um teste, já depois de terem sido operadas e terem feito quimioterapia.
A 260 mulheres com a mutação genética BRCA foi dada uma droga chamada olaparib, também conhecida como Lynparza, e a outras 130 foi dado um placedo.
Das que receberam o placebo, apenas um terço não reincidiu ao fim de três anos. Às outras, mais de dois terços não voltaram a ter cancro passados três anos.
E, no geral, metade das que receberam a medicação até agora não mostraram sinais de retorno da doença, apesar do estudo ter começado em 2013 – o olaparib já é usado em situações em que o cancro volta.
Esta investigação “levanta a possibilidade de que alguns dos pacientes possam estar curados, embora seja necessário ainda um acompanhamento mais duradouro dos doentes para que consigamos ter uma conclusão definitiva”, referiu Charlie Gourley, professor na Universidade de Edimburgo e um dos participantes do estudo.
O cancro do ovário tem uma taxa de sobrevivência baixa, com apenas cerca de 35% das mulheres a viverem 10 ou mais anos depois do diagnóstico. Quando reincide é, normalmente, incurável.
Este estudo foi, em parte, financiado pelas farmacêuticas AstraZeneca e Merck, que produzem o olaparib.

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