EXECUTIVE

CEOs a abdicar dos seus salários durante a pandemia. 

Sabe porquê?


Confrontadas com a necessidade de despedir colaboradores ou encerrar as portas de alguns estabelecimentos/fábricas, há empresas a mostrar sinais de empatia e a avançar com cortes salariais também junto dos executivos de topo – incluindo o CEO.
Segundo o CNN Business, estes cortes não deverão, contudo, ter um impacto significativo nos resultados gerais da empresa ou garantir que funcionários com ordenados mais baixos recebam o que lhes é devido ao final de cada mês. Se é verdade que alguns directores executivos e presidentes levam para casa milhões de euros (ou dólares) todos os anos, também é verdade que esses valores são apenas uma gota no oceano que é a folha de pagamentos de grandes multinacionais.
Qual é, então, o objectivo? Itay Goldstein, professor de Finanças da Wharton School da University of Pennsylvania, acredita que é um gesto simbólico. «Quando chegamos a uma crise como esta que enfrentamos agora – em que se verificam tempos difíceis para a economia, para os trabalhadores, em que há pessoas a perderem os seus empregos e em que os cidadãos não sabem o que esperar – acredito que os CEOs dizerem ‘vamos abdicar do nosso ordenado’ é um sinal de de que partilham a dor das equipas», afirma o responsável.
E quem são os líderes que já seguiram este caminho? Junto do sector da aviação, a opção parece ser mais comum: os CEOs das companhias aéreas Delta, Alaska e United Airlines, entre outras, anunciaram cortes salariais e outra reduções em termos de compensações.
Também na hospitalidade, soma-se o caso de Arne Sorenson, CEO da cadeia hoteleira Marriott, que abdicará do seu ordenado até ao final do ano. Os restantes membros da administração, por seu turno, vão ver os salários serem cortados pela metade.
Segundo o CNN Business, juntam-se ainda o CEO da plataforma de viagens Booking, da marca de artigos desportivos Sporting Goods, da fabricante automóvel Ford e da eléctrica GE.
A mesma publicação, alerta, porém, que a forma como os CEOs se colocam ao lado dos funcionários também é importante. As opções são variadas: desde os executivos que dizem abdicar somente do salário base (mantendo as restantes regalias) àqueles que garantem que não receberão um único cêntimo.

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