Observatório cria sistema europeu para detectar vítimas de tráfico e agressoresObservatório Contra Tráfico de Seres Humanos criou uma aplicação informática que será aplicada nos países da União Europeia. "Portugal deu uma enorme ajuda a todos os países da UE no combate a este crime", que segundo a Organização das Nações Unidas movimenta biliões de dólares anualmente, disse à agência Lusa o presidente do Observatório, criado há um ano. "É um sistema que considero muito eficaz porque se consegue ter a mesma informação aqui ou na Polónia, na República Checa, Áustria ou França", explicou Paulo Machado. O sistema, exemplificou, "é dotado de inteligência própria e pode detectar que uma vítima processada na República Checa aparenta ser uma vítima já processada na Polónia, ou que passou já em Portugal, ou que esteve em Espanha a trabalhar". Segundo o responsável do Observatório, a exercer funções desde Julho, "era preciso criar essa base harmonizada de indicadores e uma ferramenta informática utilizável por todos" os países. Na sua opinião, o incremento da informação partilhada entre países, de origem e de destino, é "particularmente relevante", porque "aumenta a capacidade de entender melhor o fenómeno". Portugal candidatou-se para a elaboração desta ferramenta depois de constar que "diferentes países europeus medem diferentemente o tráfico e portanto nunca existe uma noção boa, correcta do que se está a passar". O sistema deverá ser utilizado pelas forças de segurança e pelas Organizações Não Governamentais dos 27 países da UE. Agora, caberá aos decisores políticos europeus recomendar a sua utilização, contando Portugal com a ajuda da actual Presidência Sueca da UE. Neste momento, o observatório acompanha "150 casos sinalizados em Portugal de possível tráfico de mulheres, estrangeiras". O Observatório do Tráfico de Seres Humanos tem como missão recolher, tratar e difundir informação sobre tráfico de pessoas e formas diversas de violência de género. |
Índia: restaurante coloca frigorífico na rua para que sem-abrigo possam tirar as sobras Quando a proprietária de um restaurante de Kochi, na Índia, viu uma mulher sem-abrigo a comer de um caixote do lixo, ao lado do estabelecimento, teve uma ideia: colocar um frigorífico na entrada do Pappadavada, para que os sem-abrigo se pudessem servir em segurança e, paralelamente, o restaurante reduzisse o desperdício alimentar. O frigorífico está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, e todos se podem servir dele. Para além dos alimentos que, ainda que confeccionados, não são ingeridos pelos clientes ou colaboradores do restaurante, o frigorífico recebe várias refeições por lá colocadas por anónimos. Segundo Minu Pauline, citada pelo La Repubblica, o Pappadavada é responsável pela colocação de 75 a 80 refeições por dia no frigorífico. “O dinheiro é nosso. Mas os recursos pertencem à sociedade”, expli...
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