Correio da ManhãMadrid: Protestos proibidos a cinco dias das eleições
“Espanha escuta é a nossa luta”
A cinco dias das eleições regionais espanholas, a Junta Eleitoral de Madrid proibiu ontem as concentrações nas Portas do Sol, considerando que as mesmas podem "afectar a campanha eleitoral e a liberdade dos cidadãos no exercício do voto"
Os protestos anti-sistema alastraram a outras cidades, as vigílias mantiveram--se e a adesão até aumentou significativamente. "Espanha, escuta, esta é a nossa luta", era uma das frases mais ouvidas ontem na Praça das Portas do Sol, onde milhares de pessoas, na sua maioria jovens, passaram a noite de terça-feira acampadas e onde pretendem continuar pelo menos até à jornada eleitoral de domingo.
Assumindo a revolta contra a política e os políticos "que não representam os cidadãos", o movimento contestatário, que iniciou a sua acção no passado domingo, rapidamente alastrou a outras cidades, como Oviedo, Gijón, Granada, Almería e Sevilha. Em Madrid, a polícia montou um dispositivo de segurança, colocando nas Portas do Sol 500 polícias que assumiram uma postura meramente dissuasora.
A delegação do governo em Madrid apressou-se a esclarecer que estava a dar cumprimento à solicitação da Junta Eleitoral. E o partido no poder, o PSOE, negou através do Twitter ter pressionado a Junta Eleitoral a agir contra os manifestantes.
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