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Redes sociais tornaram 2011 "extraordinário" para Direitos Humanos

A expansão das redes sociais ajudou a que os direitos humanos se tenham "tornado contagiosos" em 2011, afirmou Navi Pillay, alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, numa declaração distribuída em Genebra, esta sexta-feira.

foto AFP/YOUTUBE
Redes sociais tornaram 2011 "extraordinário" para Direitos Humanos
Repressão na Síria dura há vários meses

"O ano de 2011 foi um ano extraordinário para os direitos humanos", disse Navi Pillay - numa declaração por ocasião do Dia Mundial dos Direitos Humanos (que se assinala dia 10) - citando um "reavivamento mundial inesperado" da preocupação em torno à carta universal.

"Apesar de lamentar a perda de muitas vidas, inclusive dos recentes ataques cruéis a várias aldeias da Síria, do uso excessivo da força no Cairo ou por causa dos eventos que destabilizaram as eleições na República Democrática do Congo, também temos motivo para nos alegrar", disse a alta comissária.

Navi Pillay referiu o facto da causa da "dignidade humana" ter mobilizado "milhões de pessoas de todo o mundo".

Um crescente interesse e envolvimento "não devido aos satélites das agências de notícias importantes, ou através de conferências, ou outros meios tradicionais - embora todos eles desempenharam um papel importante" mas antes "pela ascensão dinâmica e imparável das redes sociais".

Como exemplo de "resultados impressionantes", citou em particular as eleições pacíficas na Tunísia, e as do Egipto, marcadas por uma elevada taxa de participação. "Os governos já não são capazes de monopolizar a difusão de informações ou censurar o que é dito", disse Navi Pillay.

"Agora, independentemente do lugar, podemos ter a certeza que será tweetado no twitter, colocado no facebook, no youtube ou enviado pela Internet", acrescentou.

Por ocasião do Dia dos Direitos Humanos, Navi Pillay pediu "a todos, em todos os lugares" que se unam à campanha lançada pela organização nas redes sociais "para ajudar a tantas pessoas quanto possível" a "conhecer, exigir e defender os direitos humanos".

"Esta é uma campanha que deve continuar enquanto os direitos humanos são violados", afirmou.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos lançou recentemente nas redes sociais, nomeadamente facebook e twitter, e na equivalente chinesa weibo, para divulgar os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adoptada 10 de Dezembro de 1948.

Até hoje as páginas já receberam mais de oito milhões de visitas, com mais de seis milhões de visitas à página na weibo, disse.

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