CORREIO da MANHÃ

Programa desenvolvido pela União Europeia e pela Unicef

Bruxelas realça progressos na luta contra mutilação genital feminina

O comissário europeu para o Desenvolvimento, Andris Piebalgs, congratulou-se esta terça-feira com os progressos alcançados por um programa da União Europeia (UE) e da Unicef para combater a mutilação genital feminina em África.

"É completamente inaceitável que, no século XXI, esta prática, que é uma clara violação dos direitos humanos, ainda aconteça. Por isso, estou muito satisfeito por constatar que a ajuda da UE pode fazer realmente a diferença", disse o comissário.

Segundo informação divulgada pela Comissão Europeia, no âmbito do Dia Mundial da Mulher, que se celebra esta quinta-feira, "um projecto inovador da UE e da Unicef ajudou milhares de famílias, comunidades e países a mudar de atitude em relação à mutilação genital feminina".

O projecto está a ser desenvolvido pela Unicef no Egipto, Eritreia, Etiópia, Senegal e Sudão e é financiado em 3,9 milhões de euros pela UE.

Bruxelas destaca o progresso alcançado no Senegal, onde 28 por cento das mulheres entre os 15 e os 49 anos eram mutiladas sexualmente, país onde a prática deverá estar erradicada em 2015.

No Egipto, segundo a Comissão, o número de famílias que se comprometeram a abandonar a prática aumentou de três mil, em 2007, para 17.772, em 2011.

A mutilação genital feminina é uma prática em muitos países africanos, do Médio Oriente e Ásia, estimando-se em 140 milhões o número das suas vítimas.

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