AMAZÔNIA HOJE
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Projeto visita universidades de 27 capitais com exibição de filmes que têm a ditadura militar como tema Começa amanhã a exibição nas principais universidades do País do primeiro festival "Cinema pela Verdade", realizado pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM) em parceria com o Ministério da Justiça, via Comissão de Anistia. Cada cidade tem um "Agente Mobilizador" que cuida da organização do festival nas universidades. Em Belém, a responsável pela mostra na UFPA é Suanny Lopes. Ela informa que, em razão da greve - que começou 5ª feira -, o festival na UFPA será realizado na primeira semana de junho. São filmes nacionais que têm como tema o período da ditadura militar e suas consequências. O festival vai percorrer as 27 capitais federativas e passar por 81 universidades, com exibições gratuitas e debate. O cinema é um instrumento indispensável de resgate da memória de um país. E para relembrar esse período marcante da história brasileira, o "Cinema pela Verdade" selecionou três documentários que trazem diferentes enfoques sobre o tema: "Cidadão Boilesen" (2009); "Condor" (2007); e "Hércules 56" (2006). Além desses, há a participação especial de mais duas obras: "Diário de uma Busca"; e "Uma longa Viagem" - ver quadro abaixo. Após cada exibição, será promovido um debate com acadêmicos, pesquisadores, integrantes de movimentos sociais e culturais, além dos próprios diretores ou equipe de produção dos filmes, onde estudantes e debatedores terão a chance de trocar conhecimento e experiências, fomentando assim a discussão. Para a produção do "Cinema Pela Verdade", o ICEM - organização da Sociedade Civil de interesse Público (OSCIP), fundada em 2002 - conta com 27 "Agentes Mobilizadores", isto é, universitários previamente selecionados e treinados de cada capital que serão responsáveis por articular localmente as exibições nas universidades, divulgar o evento, ajudar na pesquisa de pessoas para compor as mesas de debates, além de escrever relatório acadêmico sobre cada sessão. Filmes selecionados Cidadão Boilesen - Um capítulo sempre subterrâneo dos anos de chumbo no Brasil, o financiamento da repressão violenta à luta armada por grandes empresários, ganha contornos mais precisos neste perfil daquele que foi considerado o mais notório deles. As ligações de Henning Albert Boilesen (1916-1971), presidente do grupo Ultra, com a ditadura militar, sua participação na criação da temível Oban – Operação Bandeirantes – e acusações de que assistiria voluntariamente a sessões de tortura emergem de diversos depoimentos de personagens daquela época. Direção: Chaim Litewski, 2009 Documentário, 92 minutos. Condor - Condor foi o nome dado à cooperação entre governos militares sul-americanos que resultou no seqüestro e assassinato de milhares de pessoas e no exílio de tantas outras. Uma análise contemporânea destes eventos, trazendo uma história de terrorismo de Estado, mas também de pessoas e da procura pela verdade e justiça.Direção: Roberto Mader, 2007. Documentário, 106 minutos. Hércules 56 – Na semana da independência de 1969 o embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick, foi sequestrado. Em sua troca foi exigida a divulgação de um manifesto revolucionário e a libertação de 15 presos políticos, que representam diversas tendências políticas que se opunham à ditadura militar. Banidos do território nacional e com a nacionalidade cassada, eles são levados ao México no avião da FAB Hércules 56. Os sobreviventes relembram os fatos dessa época. Direção: Silvio Da-Rin, 2006. Documentário, 94 minutos. Diário de uma Busca - A diretora Flavia Castro sonda possíveis respostas para um drama: a morte de seu pai, em 1984, nos últimos lampejos da ditadura militar no Brasil. Celso Afonso Gay de Castro (1943- 1984) era militante da esquerda. Viveu uma vida de fuga, exílios, amores e filhos. O filme foi o vencedor, em 2010, dos prêmios de melhor documentário dos festivais do Rio e de Biarritz. O filme está há dez semanas em cartaz em Paris. Documentário, 108 minutos. Uma Longa Viagem - Fala da vida da própria diretora, na época em que era presa política do regime militar e um de seus irmãos, Heitor, rodava o mundo num mergulho delirante no universo das drogas. Direção: Lucia Murat , 2011. Documentário, 97. |
Índia: restaurante coloca frigorífico na rua para que sem-abrigo possam tirar as sobras Quando a proprietária de um restaurante de Kochi, na Índia, viu uma mulher sem-abrigo a comer de um caixote do lixo, ao lado do estabelecimento, teve uma ideia: colocar um frigorífico na entrada do Pappadavada, para que os sem-abrigo se pudessem servir em segurança e, paralelamente, o restaurante reduzisse o desperdício alimentar. O frigorífico está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, e todos se podem servir dele. Para além dos alimentos que, ainda que confeccionados, não são ingeridos pelos clientes ou colaboradores do restaurante, o frigorífico recebe várias refeições por lá colocadas por anónimos. Segundo Minu Pauline, citada pelo La Repubblica, o Pappadavada é responsável pela colocação de 75 a 80 refeições por dia no frigorífico. “O dinheiro é nosso. Mas os recursos pertencem à sociedade”, expli...
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