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Pela primeira vez cientistas conseguiram transformar células da pele em células do músculo do coração. A técnica, experimentada em ratos, poderá vir a ser usada em humanos e revolucionar a medicina cardíaca.

Mafalda Ganhão (www.expresso.pt)

Será preciso esperar alguns anos para a realização de testes clínicos que avaliem o sucesso da técnica em humanos, mas pela primeira vez cientistas conseguiram transformar, em laboratório, células cutâneas de pessoas com doenças do coração em células saudáveis do músculo cardíaco e transplantá-las com sucesso em ratos.

O avanço conseguido por uma equipa israelita abre uma nova esperança no que respeita ao desenvolvimento de um terapia capaz de curar o coração de um doente recorrendo às suas próprias células.

Uma das vantagens desta técnica está em poder evitar-se o risco de rejeição por parte do sistema imunitário do doente, já que, ao serem usadas células reprogramadas do próprio paciente, o seu organismo não as considerará estranhas. Outro risco, o de as células implantadas poderem depois transformar-se em tumores, pode também ser contornado, afirmam os cientistas.

"Demonstrámos que é possível extrair células da pele de um idoso com um problema cardíaco avançado" e torná-las "células saudáveis e jovens, equivalentes ao que eram quando nasceu o paciente", revelou o coordenador da investigação, Lior Gepstein.

Realizado por investigadores do Instituto de Tecnologia Technion-Isral, do Centro Médico Ramban e do laboratório Sohnis, o estudo foi publicado no "European Heart Journal .

Esta semana, os problemas do coração estiveram esmalta no meio científico, segunda-feira soube-se que uma equipa de investigadores de Coimbra identificou um novo mecanismo responsável por falhas de comunicação entre células do coração que pode estar na origem das doenças cardíacas.

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