Diário de Cabo Verde
Trabalhar em equipa
Passar 24 horas por dia com as mesmas pessoas pode soar a algo de muito cansativo. Muitas vezes dizemos que não escolhemos a família que temos. Aqui, a situação é idêntica. É uma questão de sorte e de adaptação.Em poucos dias ganha-se um à-vontade com pessoas que entraram nas nossas vidas de repente e que o único elo que tinham em comum connosco era a AMI.
As conversas vão passando do normal "hoje o dia foi caótico no hospital" ou palestras sobre dengue (não imaginam como se aprende ao estar rodeada de pessoal médico!) para algo mais profundo como o que realmente nos faz escolher estas missões, as sensações que temos ao ver algo que nos revolta, o que nos enternece e o que gostaríamos que mudasse na próxima vez.
As equipas passam a ser a nossa família. Já temos à--vontade para brincarmos com situações, mas acima de tudo temos a certeza que podemos contar com ela para os momentos de maior desânimo.
Marta G. Andrade, Chefe de missão da AMI
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