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Famílias amigas

O que começou no apoio ao estudo acabou com três filhos adoptados

Joana começou por ser voluntária no lar de Tercena. Afeiçoou-se às crianças e acabou por adoptar três irmãos, dos 8 aos 15.

Foi como voluntária no apoio ao estudo que Joana chegou ao lar de infância e juventude de Tercena, há cerca de cinco anos. Dedicada e comprometida, acabou por se afeiçoar às crianças, levando-as a sair para passeios ou idas ao cinema. Poucos anos depois, a sua vida tinha dado uma reviravolta radical e Joana era mãe de crianças adoptadas. Todos irmãos e com mais de oito anos.

Cecília Abecassis, directora da instituição, recorda esta história como o caso-piloto que viria a dar origem ao projecto das famílias amigas e que hoje conta já com 18 casos. É com elas que as crianças saem para ir ao médico ou passear, conversam, passam férias ou fins-de-semana. "Inicialmente, Joana (nome fictício) nunca teve a intenção de adoptar. Mas a verdade é que ganhou uma enorme afinidade com as crianças. Depois de adoptar a primeira, uma menina de oito anos, começou a levar os três ao fim-de-semana. E quando abraçou o projecto de ficar definitivamente com um, foi um processo gradual para ficar com os outros", recorda Cecília Abecassis.

Depois de Maria, a mais pequena, seguiu-se António, com 12 anos, e depois Teresa, a mais velha, já com 15. "Hoje, passado este tempo, está tudo a correr bem e não há qualquer problema."

Os nomes são fictícios, mas ajudam a perceber como se desenvolve este processo, que parte de uma relação que se vai construindo dia-a-dia, sublinha a directora da instituição. Depois deste caso de sucesso, outros vieram por arrasto. Além das cinco crianças que foram já adoptadas e das oito a quem o tribunal confiou a uma família idónea, muitas outras têm pessoas que as visitam, acompanham e cuidam. Para algumas, o projecto de vida passará por estas famílias, seja através da adopção ou de outras figuras legais, assegura Cecília Abecassis.

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