"Estas meninas são extraordinárias"Helena Norte
Três vezes por dia, a Equipa de Suporte em Cuidados Paliativos de Matosinhos visita José Filipe de Carvalho, doente oncológico de 85 anos. Um apoio fundamental para aliviar a "carga muito pesada" da esposa, Palmira Sousa Reina, 83 anos, que cuida ainda da irmã, com 90 anos e que também sofre de patologia oncológica e com 90 anos. A vida de José Filipe Carvalho, marceneiro de profissão e actor por vocação, durante 50 anos na Associação Aurora da Liberdade, mudou radicalmente em poucos dias. "Sempre foi muito activo, saía todas as manhãs para caminhar e, à tarde, costumava estar com os amigos", recorda a esposa. Em Junho, começou a sentir-se mal. "Foi várias vezes à Urgência, até que ficou internado. Ficou lá um mês. Esteve muito em baixo, tive medo que não recuperasse", diz Palmira Sousa Reina. Quando teve alta, encontrava-se estável, mas continuava bastante debilitado: era alimentado por uma sonda, não conseguia levantar-se e apresentava-se confuso e com lapsos de memória. "Estas meninas são extraordinária", diz José Filipe Carvalho, enquanto a enfermeira observa uma ferida no pé. A enfermeira faz perguntas e interessa-se não só pelo estado geral do paciente como da família. A Equipa de Suporte em Cuidados Paliativos da Unidade Local de Saúde de Matosinhos dá apoio a 15 doentes internados e a 25 nas suas casas, segundo a médica responsável, Maria do Céu Rocha. Doentes com patologias oncológicas e neurológicas, demências, insuficiência cardíaca ou outras doenças que causem sofrimento e não tenham esperança de cura são candidatos a este tipo de cuidados. |
Índia: restaurante coloca frigorífico na rua para que sem-abrigo possam tirar as sobras Quando a proprietária de um restaurante de Kochi, na Índia, viu uma mulher sem-abrigo a comer de um caixote do lixo, ao lado do estabelecimento, teve uma ideia: colocar um frigorífico na entrada do Pappadavada, para que os sem-abrigo se pudessem servir em segurança e, paralelamente, o restaurante reduzisse o desperdício alimentar. O frigorífico está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, e todos se podem servir dele. Para além dos alimentos que, ainda que confeccionados, não são ingeridos pelos clientes ou colaboradores do restaurante, o frigorífico recebe várias refeições por lá colocadas por anónimos. Segundo Minu Pauline, citada pelo La Repubblica, o Pappadavada é responsável pela colocação de 75 a 80 refeições por dia no frigorífico. “O dinheiro é nosso. Mas os recursos pertencem à sociedade”, expli...
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