Estudo sugere que é viável, em termos ambientais,

alimentar 9 mil milhões de pessoas em 2050

Filipa Alves

O trabalho levado a cabo por investigadores franceses analisou diferentes cenários de aplicação de medidas de promoção da sustentabilidade, tendo concluído que os 9 mil milhões de pessoas estimados para 2050 podem ser alimentados sem o por em causa o Ambiente.

Cientistas de duas agências estatais francesas (INRA e CIRAD) acabam de publicar os resultados de um estudo que é optimista em relação ao crescimento da população, à consequente necessidade de aumentar a produção de alimento e aos seus impactos no que diz respeito ao Ambiente.

Com efeito, o trabalho realizado ao longo de 5 anos com recurso à modelação, concluiu que é possível alimentar os 9 biliões de pessoas que se estima que a população mundial atingirá em 2050, sem colocar em causa o mundo que nos rodeia e o seu funcionamento.

Na análise, os investigadores consideraram que um ser humano necessita de 3000 calorias por dia e simularam a aplicação de diferentes medidas de salvaguarda do Ambiente na produtividade agrícola, tendo concluído que, mesmo preservando as florestas ou diminuindo a utilização de combustíveis fósseis, será possível alimentar todo o mundo daqui a cerca de 40 anos.

Para tal, há que fazer adaptações para cada região caso a caso, e os profissionais da produção de alimento terão de se organizar como já aconteceu com os cientistas que estudam o clima.

Os autores do estudo salientam também que o controlo da flutuação dos preços dos alimentos a nível mundial será essencial, visto que alguns países dependerão ainda mais da importação, apesar do aumento da produção nacional, e o desperdício de alimento – nos países desenvolvidos todos os dias se desaproveitam alimentos equivalentes a 800 calorias por dia por indivíduo – terá de ser eliminado.

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