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Investigação: Universidade do Porto é a melhor em qualidade de produção científica sobre cancro do estômago


A Universidade do Porto foi a mais bem colocada em termos de qualidade da produção científica sobre cancro do estômago e infeção pelo Helicobacter Pylori, tendo superado instituições tão conceituadas como Harvard, Oxford ou Cambridge.

A Reitoria da Universidade do Porto fez um estudo sobre a qualidade da produção científica relacionada com o cancro do estômago e a infeção pelo helicobacter pylori nas diferentes instituições mundiais que trabalham em Ciências da Saúde, que foi posteriormente estendido ao domínio do cancro da tireoide.

Os resultados do estudo revelaram que a Universidade do Porto é a instituição mais bem colocada relativamente ao cancro do estômago e à infeção pela bactéria que é a sua principal causa, revelou Sobrinho Simões, diretor do IPATIMUP (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto).

Em segundo lugar ficou o VA Medical Center, em Washington, seguido do Instituto Karolinska da Suécia. Em quinto lugar ficou o National Cancer Institute dos EUA, em oitavo a Universidade de Oxford, em 12º. a Universidade de Cambridge, em 13º. a Universidade de Harvard e em 20º. a Universidade do Estado de S. Paulo.

Para estes resultados contribuíram médicos e investigadores da Universidade do Porto e de Hospitais afiliados à universidade, como o Hospital de São João e o IPO-Porto.

Entre os investigadores portugueses na área do cancro do estômago mais citados por outros investigadores contam-se, por ordem crescente, Fátima Carneiro, Raquel Seruca e Gianpaolo Suriano.

Relativamente ao cancro da tireoide, Universidade do Porto volta a aparecer colocada em primeiro lugar e, de novo, a grande distância da segunda instituição, que neste caso é a Universidade de Harvard.

Em terceiro lugar aparece o Memorial Hospital de Nova Iorque, seguido da Universidade de Nápoles e da Universidade de Johns Hopkins.

O Hospital de S. João surge em sexto lugar, fator que Sobrinho Simões destaca, assim como a presença – em 35º. lugar e à frente de Cambridge - da Universidade de Santiago de Compostela, “com quem os médicos e investigadores da Universidade do Porto têm uma intensa colaboração no domínio do cancro da tireoide”.

“Tal como em relação à investigação em cancro do estômago, também no que se refere ao cancro da tireoide os excelentes resultados refletem a concentração dos médicos e investigadores de várias instituições da Universidade do Porto e Hospitais afiliados na investigação deste tipo de cancro”, refere o diretor do IPATIMUP.

Sobrinho Simões destaca que estes investigadores da Universidade do Porto não aparecem nas listas da investigação de outros cancros mais frequentes ou mais mortais, como por exemplo a mama, o pulmão, a próstata e o cólon/reto.

No cancro da tireoide, os investigadores que mais contribuíram para estes resultados graças aos artigos que publicaram e às citações que obtiveram foram, também por ordem crescente, Sobrinho Simões, Paula Soares, Valdemar Máximo e Victor Trovisco.

@Lusa

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