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Lufthansa já voa a plantas, sementes e gordura animal

Lufthansa
Avião da Lufthansa a biocombustível
D.R.
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É uma revolução no mercado da aviação, diz a Lufthansa. A partir de hoje, e durante os próximos seis meses, a companhia aérea alemã vai realizar oito voos diários (quatro de ida e volta) entre Hamburgo e Frankfurt com 25% de biocombustível feito a partir de plantas de camelina (80%), sementes de jatropha (15%) e até gordura animal (5%).
O primeiro voo partiu esta manhã, pouco depois das 11 horas, tal como todos os dias – há 10 voos diários de ida e volta entre as duas cidades – e a única diferença era o autocolante no avião a dizer Pure Sky. O voo não demorou mais tempo nem o motor fez mais barulho, contudo, nessa viagem de cerca de uma hora, a Lufthansa evitou a emissão de uma tonelada de CO2.
"As pessoas não notarão diferença nenhuma e para mim, enquanto piloto, também não. Mas esta é uma questão muito importante para a indústria porque poupamos CO2 e no longo prazo podemos mesmo vir a poupar dinheiro em viagens mais curtas”, disse Daniel Riefer, co-piloto naquele voo. Mas para já, o objectivo da Lufthansa é a sustentabilidade.
“O voo de hoje é o começo de uma nova era na aviação sustentável”, comentou Joachim Buse, responsável para a área do biocombustível, acrescentando que durante os seis meses que irá durar este teste, a Lufthansa conta poupar 1.500 toneladas de carbono em cerca de 1.500 voos.
Na verdade, diz Kay Kratky, administrador da Lufthansa, “o que estamos a fazer é procurar ter menos emissões de CO2 e ao mesmo tempo encontrar respostas para quando os recursos ficarem mais escassos. Por isso, não há nenhum interesse económico neste momento”. Isto porque o biocombustível ainda custa cerca do dobro do combustível normal e portanto ainda é cedo para representar ganhos ou para sequer ser introduzido em toda a frota de mais de mais de 700 aviões.

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