SOL

15-M 'reconquista' Puertas de Sol sem violência e com polícia a assistir

por Diogo Pombo
©Samuel Sánchez - El País

Um dia depois do expoente da violência vieram as lágrimas. Cerca de 5 mil pessoas voltaram a entrar, uma semana depois, na praça das Puertas del Sol, em Madrid, desta feita de forma pacífica. Às lágrimas, de alegria, juntaram-se aplausos dos milhares que integraram a marcha que, na sexta-feira, protesto contra as cargas policiais do dia anterior.

Após o cenário violento de quinta-feira que constituiu a página mais grave nos quase três meses de protesto do movimento 15-M em Madrid, milhares de manifestantes marcharam, de forma pacífica, e voltaram a ocupar a história praça da capital espanhola, destaca o El País, desta feita sob o olhar atento, mas não interventivo, das autoridades.

Ao tom habitual de protesto juntou-se desta feita um cariz de tributo aos feridos da violência de quinta-feira. Esta ‘nova faceta’ foi demarcada com a passagem da marcha pelo edifício do Ministério do Interior espanhol – local onde foram executadas as cargas policiais. Tudo perante (apenas) o olhar atendo de 15 esquadrões policiais destacadas para o local.

Aí, os manifestantes gritaram insultos e provocações dirigidas aos polícias, que agora apenas assistiam, serenos, à passagem da marcha de protesto.

O Governo levantou o cerco mas não a interdição, ao anunciar que manterá a proibição de acampar nas Puertas del Sol. Contudo, ao chegarem à praça madrilena, os milhares de manifestantes montaram uma assembleia onde discutiram a possibilidade de voltar a erguer um acampamento no local que serviu de génese para o movimento 15-M, adianta a edição online do diário espanhol Publico .

Assembleia à parte, a ‘reconquista’ das Puertas del Sol motivou gritos eufóricos entre a multidão, que entoava frases como «O 15-M está vivo!» ou «Vergonha!», este dirigido às autoridades.

Para este sábado, os manifestantes voltaram a marcar uma assembleia para as 22 horas (21 horas portuguesas), onde, informa o ABC, será novamente discutida a possibilidade de erguer um acampamento na simbólica praça da causa do 15-M.

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