Instituto do Sangue agradece mais de 8.600 dádivas e apela para que continuem
Mais de 8.600 pessoas responderam ao apelo para doar sangue, uma mobilização que
o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) diz ter sido
"essencial para estabilizar as reservas" nesta fase, mas apela para que as
dádivas continuem.
Em comunicado, o IPST agradece a mobilização para doar
sangue, o "empenho e competência dos profissionais de saúde" e a ajuda das
associações de dadores na organização de sessões de colheita que ajudaram a
contrariar um "decréscimo de cerca de 10% nas colheitas", o que em contexto de
inverno, agravado pela pandemia, levou a uma instabilidade nas reservas.
"Apesar da situação difícil em que o país se encontra, a resposta por parte da sociedade
foi excecional e sem precedentes: Entre 19 e 26 de janeiro inscreveram-se 8.638
dadores e foram colhidas 7.009 unidades de sangue nos Centros de Sangue e da
Transplantação do IPST em Lisboa, Porto e Coimbra", lê-se no documento. No
entanto, o IPST sublinha que as necessidades de sangue e componentes sanguíneos
nos hospitais "são diárias" e que há condicionantes no armazenamento, uma vez
que "os componentes sanguíneos têm um tempo limitado de armazenamento; os
dadores de sangue, sendo homens só podem realizar a sua dádiva de três em três
meses e sendo mulheres de quatro em quatro meses", ao que acresce a incerteza
sobre a evolução da pandemia.
"Assim, esta mobilização foi essencial para
estabilizar as reservas de componentes sanguíneos nesta fase, mas a afluência
maciça gerou também situações de esperas longas e desconforto. Por isso, o IPST
reitera o apelo a todos os dadores para que, dentro das suas possibilidades,
procurem os serviços de colheita de sangue de forma regular e faseada, uma vez
que só assim será possível continuar a garantir as condições de distanciamento
social, um melhor atendimento ao dador e a distribuição constante e regular de
unidades de sangue aos hospitais", pede o instituto.
Há uma semana o IPST apelou
à dádiva, alertando que as suas reservas davam para entre quatro e 19 dias,
sendo os grupos sanguíneos mais afetados o A positivo, A negativo, O negativo e
B negativo. Também a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue
(Fepodabes) tinha apelado à dádiva de sangue, alertando que diversos grupos
sanguíneos apresentam reservas nacionais inferiores a sete dias.
Para ser dador
de sangue, basta ter entre 18 e 65 anos (o limite de idade para a primeira
dádiva é os 60 anos), ter peso igual ou superior a 50 quilos e ter hábitos de
vida saudáveis. IMA (SO/GC) // JMR Lusa/fim
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