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Cinema

Mais estrelas nos céus do que peixes nos mares

por EURICO DE BARROS

Se não tomarmos as devidas medidas, os mares ficarão praticamente sem peixe em 2048. O documentário 'The End of the Line', de Rupert Murray, lança o alarme mas também oferece soluções.

O ex-Monty Python Terry Gilliam e as actrizes Greta Scacchi e Emilia Fox posaram nuas segurando um bacalhau; Sting, Elle Macpherson e Stephen Fry fizeram lobby junto do famoso restaurante de peixe londrino Nobu para que este tirasse da ementa um tipo de atum em perigo de extinção; e a cadeia inglesa de sanduíches Prêt à Manger retirou esse mesmo atum do seu menu.

As vedetas despem-se e militam pelo bacalhau e pelo atum, e as empresas de alimentação mudam as ementas. E tudo por causa de um novo documentário que toca a sirene de alarme ambientalista, The End of the Line, realizado pelo britânico Rupert Murray, a partir do livro de Charles Clover, jornalista do The Daily Telegraph especializado em meio ambiente, e narrado pelo actor Ted Danson.

A mensagem de The End of the Line, que levou dois anos a rodar nos mares e em zonas de pesca marítima de todo o mundo, é esta: se o homem continuar a pescar intensivamente nos oceanos, estes ficarão praticamente sem peixe por volta do ano 2048.

Por isso, temos que nos habituar a comer apenas "peixes sustentáveis", a indústria pesqueira tem que perceber que não pode continuar a lançar as redes de forma intensiva, os governos têm que controlar e reduzir as frotas de pesca, e há que fazer reservas marinhas para a criação de espécies de peixes ameaçadas.

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