JN
Gente


Lembrar o Holocausto

A história de... Álvaro Sousa Mendes, presidente do Conselho de Administração da Fundação Aristides de Sousa Mendes

MARIA CLÁUDIA MONTEIRO

Álvaro de Sousa Mendes, neto de Aristides de Sousa Mendes transmite a mensagem dos "valores actuais" deixados pelo avô.

Setenta anos passados, os jovens precisam de aprender os valores deixados por Arisitides Sousa Mendes, algo que o neto Álvaro recorda a cada nova evocação da memória do avô. "Deu-se a milhares de pessoas que não conhecia", afirmou, ontem, na visita ao Colégio Luso-Internacional do Porto (CLIP).

É essa a lição que ensina sempre que visita uma escola para explicar o que foi o Holocausto e o papel que Aristides de Sousa Mendes teve na vida das milhares de pessoas a quem deu vistos de entrada em Portugal, à revelia das ordens de Salazar: a de "querer saber dos outros e dar a mão aos outros".

Álvaro Sousa Mendes, presidente do Conselho de Administração da Fundação Aristides de Sousa Mendes, confessa sentir o "peso enorme da responsabilidade" de passar a mensagem "de solidariedade e de amor pelo próximo" que herdou da vida do avô. "O aspecto educativo é um dos principais objectivos da Fundação", esclareceu, antes de falar aos cerca de 200 alunos do CLIP que encheram o anfiteatro do colégio para o ouvirem.

É durante estes encontros que Álvaro tem a certeza da admiração que as gerações mais novas têm pelo cônsul Aristides de Sousa Mendes. "Sinto grande satisfação por ver os jovens tão interessados nesta temática", explicou.

É para materializar o legado do cônsul português em Bordéus, durante a Segunda Guerra Mundial, que a Fundação a que Álvaro preside pretende recuperar a casa onde Aristides de Sousa Mendes viveu, em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, Viseu. Lá, o sonho é construir um "Museu do Holocausto, uma biblioteca e um arquivo" para que o legado de Aristides de Sousa Mendes não caia no esquecimento.

Comentários

Mensagens populares deste blogue