Sem-abrigo formam Orquestra Som da Rua, no Porto Não têm casa, trabalho, apoio da família. Amor, carinho, companhia. Se essa é a definição para os sem-abrigo, então é de sem-abrigo que aqui falamos. De forma especial, porque merecem: são um grupo que, não tarda muito, vai actuar na Casa da Música, no Porto. Como se todos esses problemas não lhes chegassem, ainda têm, na sua maioria, complicações psíquicas devidas a patologias ou ao consumo de substâncias psicoactivas. No entanto, há momentos em que são felizes, em que fazem o que gostam. Isso acontece-lhes, por exemplo, nos ensaios da Orquestra Som da Rua, o colectivo que até em Russo sabe cantar, coisa que, convenhamos, não é para todos. Termos como "spassibo" (que significa "obrigado") ou "pravda" ("verdade") fazem parte de uma das canções que compõem o repertório deste grupo, nascido por iniciativa do Serviço Educativo da Casa da Música, em estreita colaboração com as instituições de apoio social SAOM-Serviço de Assistência Organizações de Maria, Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Vitória, Associação dos Albergues Nocturnos do Porto e Clínica do Outeiro. Desde Outubro, o grupo ensaia nas instalações da SAOM sob orientação de Jorge Prendas, que os conhece a todos pelo nome. E ainda são algumas dezenas. Um destes dias, o JN ouvi-os cantar e tocar. Sem partituras, sem divisões por naipes, todos dão o melhor porque estão ali à procura de algo. O refrão de uma cantiga resume tudo: "Caminharei contra a solidão". Outra letra clama: "Desejo de viver". Tudo isto poderá ser ouvido em Julho, na Casa da Música, no âmbito do espectáculo Sonópolis. Joana Vilar, assistente social na SAOM, acredita que o facto de participarem na iniciativa "é um grande entusiasmo, é uma valorização que estas pessoas necessitavam". Jorge Prendas, por seu lado, deixa bem expresso um desejo: "Que daqui a 20 anos a orquestra continue a existir e seja uma prova de que a música colabora na inserção social das pessoas". |
Correio da Manhã No programa ‘China’s Got Talent’ Chinês sem braços emociona ao tocar piano com os pés Os casos de talento inesperado continuam a surpreender plateias em programas de televisão. Desta vez, na China, um jovem de 23 anos sem braços surpreendeu tudo e todos no programa ‘China’s Got Talent’ (o equivalente ao britânico que descobriu Susan Boyle) ao tocar piano com os dedos dos pés. Por: R.P.V. Liu Wei levou jurados e plateia às lágrimas com a sua interpretação do clássico ‘Mariage d’Amour’, de Richard Clayderman. Ao contar o seu caso, o concorrente explicou que perdeu os braços aos dez anos quando tocou num cabo de alta tensão durante um jogo de ‘escondidas’. “Para pessoas como eu, há duas opções. Uma é esquecer todos os sonhos, o que levaria a uma morte rápida e sem esperança, a outra é lutar sem braços para viver uma vida maravilhosa”, explicou Liu Wei no programa. Liu começou a dedicar-se ao piano com 18 anos e acabou por criar um estilo único, agora conhecid
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