Sem-abrigo formam Orquestra Som da Rua, no Porto Não têm casa, trabalho, apoio da família. Amor, carinho, companhia. Se essa é a definição para os sem-abrigo, então é de sem-abrigo que aqui falamos. De forma especial, porque merecem: são um grupo que, não tarda muito, vai actuar na Casa da Música, no Porto. Como se todos esses problemas não lhes chegassem, ainda têm, na sua maioria, complicações psíquicas devidas a patologias ou ao consumo de substâncias psicoactivas. No entanto, há momentos em que são felizes, em que fazem o que gostam. Isso acontece-lhes, por exemplo, nos ensaios da Orquestra Som da Rua, o colectivo que até em Russo sabe cantar, coisa que, convenhamos, não é para todos. Termos como "spassibo" (que significa "obrigado") ou "pravda" ("verdade") fazem parte de uma das canções que compõem o repertório deste grupo, nascido por iniciativa do Serviço Educativo da Casa da Música, em estreita colaboração com as instituições de apoio social SAOM-Serviço de Assistência Organizações de Maria, Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Vitória, Associação dos Albergues Nocturnos do Porto e Clínica do Outeiro. Desde Outubro, o grupo ensaia nas instalações da SAOM sob orientação de Jorge Prendas, que os conhece a todos pelo nome. E ainda são algumas dezenas. Um destes dias, o JN ouvi-os cantar e tocar. Sem partituras, sem divisões por naipes, todos dão o melhor porque estão ali à procura de algo. O refrão de uma cantiga resume tudo: "Caminharei contra a solidão". Outra letra clama: "Desejo de viver". Tudo isto poderá ser ouvido em Julho, na Casa da Música, no âmbito do espectáculo Sonópolis. Joana Vilar, assistente social na SAOM, acredita que o facto de participarem na iniciativa "é um grande entusiasmo, é uma valorização que estas pessoas necessitavam". Jorge Prendas, por seu lado, deixa bem expresso um desejo: "Que daqui a 20 anos a orquestra continue a existir e seja uma prova de que a música colabora na inserção social das pessoas". |
ZAP Ouvir 30 segundos de uma sonata de Mozart pode reduzir ataques de epilepsia Por Daniel Costa - 19 Setembro, 2021 Otto Erich / Wikimedia Wolfgang Amadeus Mozart, por Barbara Krafft (1764–1825) Ouvir a Sonata para Dois Pianos em Ré Maior (K448), de Wolfgang Amadeus Mozart, durante pelo menos 30 segundos, ajuda a reduzir a atividade elétrica cerebral associada à epilepsia resistente a medicação. Os resultados também sugerem que as respostas emocionais positivas à K448 podem contribuir para os seus efeitos terapêuticos . As conclusões são de um novo estudo publicado na revista Scientific Reports . Um estudo anterior já mencionava as qualidades terapêuticos desta sonata , mas não se sabia o impacto da duração da música e as razões que justificam este fenómeno, escreve o Medical Xpress . Em 1993, investigadores já tinham relatado que depois de estudantes universitários ouvirem esta sonata de Mozart durante dez minutos, eles mostraram ...
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