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Economista britânico ensina a viver sem dinheiro

Cláudia Luís

Um economista britânico escolheu viver 18 meses sem dinheiro. Diz que nunca foi tão feliz e saudável e decidiu contar tudo num livro. Hoje, continua a viver "sem dinheiro".

Chama-se Mark Boyle e partiu para a experiência para, segundo a BBC, alertar para excesso de consumo e desperdício da sociedade ocidental.

Tudo começou em 2008, quando o economista tinha 29 anos. Mudou-se para uma roulotte que ganhou gratuitamente num site de trocas na Internet.

Para começar o seu plano de autosubsistência, trabalhava três dias por semana numa quinta em troca de um lugar para estacionar a “casa” e um pouco de terra para cultivar.

Após 18 meses, Mark Boyle decidiu que não pretende voltar ao estilo de vida anterior. Como explicou à BBC, quer usar os lucros das vendas do livro - “The moneyless man” (O homem sem dinheiro), que será lançado em Junho – para comprar um terreno e criar uma comunidade que queira viver como ele: sem dinheiro.

“Foi o ano mais feliz da minha vida e não vejo nenhum motivo para voltar a um mundo orientado pelo dinheiro. Foi libertador. Há desafios, mas não tenho o stress de uma conta bancária, contas, trânsito e longas horas num trabalho do qual não gosto.”

O lado menos positivo deste modo de vida é a dificuldade em manter uma vida social.

Actualmente, Mark Boyle continua a viver a roulotte, em Timsbury, do Sudoeste inglês. Cozinha os legumes que cultiva, aquece a água do chuveiro ao sol, tem energia eléctrica através de painéis solares e ainda tem acesso à internet em troca de serviços na quinta.

“A falta de relação que temos com o que consumimos é a primeira causa da cultura de desperdício que vivemos hoje. Se tivéssemos que plantar a nossa própria comida, não desperdiçaríamos um terço dela”.

“Use menos recursos e menos dinheiro e um pouco mais da sua comunidade” - é a mensagem de Mark Boyle.

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