| |
«Na experiência, foram usados ratos que não expressavam o gene que codifica uma enzima importante no processamento do ácido docosahexaenóico (DHA) (presente nos Ómega-3). A ausência deste gene torna os ratos inférteis, verificando-se uma produção muito baixa de espermatozóides, que são deformados e não têm motilidade, ou verificando-se até uma produção nula», explicou Manabu Nakamura, membro da equipa de investigadores. «Quando observámos a contagem de espermatozóides, forma e motilidade, e foi testada a taxa de sucesso reprodutivo, verificou-se que os ratos que não processavam o ácido gordo não foram capazes de produzir espermatozóides», disse Manuel Roqueta-Rivera, outro membro da equipa de estudo, citado pela Eurekalert. Os cientistas também verificaram que os roedores com a falha genética apresentavam contagens extremamente baixas de espermatozóides e que, além da falta de motilidade, os espermatozóides produzidos eram redondos, em vez de alongados, e incapazes de fecundar um óvulo. Contudo, quando os investigadores introduziram ácidos gordos ómega-3 na dieta, os ratos recuperaram completamente a fertilidade. Embora alguns estudos tenham sugerido que os homens com uma produção reduzida de espermatozóides e em que estes têm uma motilidade baixa tendem a apresentar níveis inferiores ao normal de ácidos gordos, esta é a primeira vez que uma investigação demonstra a importância do DHA para a fertilidade masculina. Os óleos gordos ómega-3 encontram-se sobretudo em peixes de água fria, como o atum, o salmão, a cavala, as anchovas, a sardinha e o arenque e em menor quantidade em alguns óleos vegetais, como a soja, sementes de linho e nozes. |
PAIS & Filhos
Ómega-3 para combater infertilidade masculina
Comentários