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Saúde
Insuficiência cardíaca: Novo tratamento reduz mortalidade

Um estudo realizado em 37 países demonstra que a associação de um novo fármaco com a susbtância ativa Ivabradina à terapêutica base de doentes com insuficiência cardíaca crónica reduz em 26% o risco de mortalidade e hospitalização devido a esta patologia.

O estudo SHIFT («Systolic Heart Failure Treatment with If inhibitor ivabradine Trial»), referiu o médico, envolveu mais de 6.500 doentes em 37 países e 667 centros de investigação. Os doentes, «com insuficiência cardíaca grave, que já tinham sido internados e tinham um tratamento otimizado - os medicamentos que estavam a tomar são aqueles que são internacionalmente recomendados» -, foram seguidos, «em média, durante dois anos e, no máximo, durante três anos e meio» e Portugal esteve representado «com seis centros, que incluíram quatro dezenas de doentes».

«Temos uma arma nova para melhorar o prognóstico destes doentes, que são doentes graves, com mortalidade elevada e com muitos internamentos hospitalares. E podemos beneficiar a evolução da sua doença com a administração desse fármaco», afirmou Luís Providência. O cardiologista salientou ainda que, «neste estudo, verificou-se que a administração do fármaco é segura».

A insuficiência cardíaca é uma doença na qual a capacidade do coração em bombear eficazmente e manter a circulação sanguínea para responder às necessidades do organismo é prejudicada. Torna-se crónica quando se transforma num problema a longo prazo. É uma doença que afeta 15 milhões de pessoas na Europa.

O estudo SHIFT é apresentado este domingo em Estocolmo, durante o Congresso Mundial de Cardiologia, que reúne, naquela cidade, mais de 30 mil especialistas até quarta-feira e os primeiros resultados são publicados também hoje na revista científica Lancet.

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