Animais com testes restringidos na EuropaPrimatas só podem ser usados em casos excepcionais, se estiverem em causa doenças como a sida e maláriaEduarda Ferreira Os primos directos do Homem vão ser excluídos de ensaios laboratoriais na UE. Só em pesquisas sobre doenças muito ameaçadoras para a espécie humana será admitido o recurso a gorilas, chimpanzés, bonobos ou orangotangos. A directiva vale a partir de 2013. Depois de um moroso processo, foi aprovada pelo Parlamento Europeu a Directiva que enquadra o uso de animais vertebrados em experiências científicas. O documento estabelece normas rígidas relativas ao bem-estar dos animais (desde o tamanho das jaulas ou gaiolas ao acesso à água), bem como linhas de procedimento ético com o propósito de evitar sofrimento aos animais. Os Estados têm agora de se preparar para o cumprimento da Directiva a partir de Janeiro de 2013. Ao longo do processo e elaboração legislativa, a Comissão Europeia desencadeou iniciativas e apoiou projectos para a introdução de métodos alternativos ao uso de animais em laboratório. Esse é um desígnio que continua a ser desenvolvido pelo Centro Europeu de Validação de Métodos Alternativos. ?Substituir, reduzir e refinar os testes em animais? são os lemas dessa tarefa. Uma parte menos significativa destina-se a avaliar se produtos ou substâncias para uso humano ou de alimentação animal são tóxicos. Produtos químicos industriais e pesticidas são também assim testados. A nova Directiva restringe a utilização dos grandes símios (como os chimpanzés, bonobos, gorilas e orangotangos) a situações em que a sobrevivência destas espécies esteja em causa ou na eventualidade de um surto de doença debilitante ou que ponha em causa a vida de seres humanos. Esta excepção é justificada pelo facto de “a Comissão Europeia não vislumbrar a dispensa de primatas não-humanos num futuro previsível.” Ou seja, a proibição vai admitir excepções (autorizadas), na medida em que decorrem “programas vitais de investigação em doenças infecciosas como a sida, malária e hepatite. |
Índia: restaurante coloca frigorífico na rua para que sem-abrigo possam tirar as sobras Quando a proprietária de um restaurante de Kochi, na Índia, viu uma mulher sem-abrigo a comer de um caixote do lixo, ao lado do estabelecimento, teve uma ideia: colocar um frigorífico na entrada do Pappadavada, para que os sem-abrigo se pudessem servir em segurança e, paralelamente, o restaurante reduzisse o desperdício alimentar. O frigorífico está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, e todos se podem servir dele. Para além dos alimentos que, ainda que confeccionados, não são ingeridos pelos clientes ou colaboradores do restaurante, o frigorífico recebe várias refeições por lá colocadas por anónimos. Segundo Minu Pauline, citada pelo La Repubblica, o Pappadavada é responsável pela colocação de 75 a 80 refeições por dia no frigorífico. “O dinheiro é nosso. Mas os recursos pertencem à sociedade”, expli...
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