A vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), precursor do cancro do colo do útero, afinal também pode ser eficaz em mulheres com mais de 24 anos. Esta é uma das principais conclusões de um estudo que acaba de ser publicado no British Journal of Cancer.
“Muitas mulheres perguntavam o que se passava com a vacina e se poderiam tomá-la ou não e este estudo responde definitivamente a essa pergunta”, explicou ao diário espanhol El Mundo Xavier Castellsagué, do Instituto Catalão de Oncologia e um dos responsáveis pelo estudo, que decorreu em Espanha e em países como França, Colômbia ou Tailândia. E acrescentou: “Os resultados são robustos e mostram uma grande eficácia, que chega até aos 89 por cento. Além disso, sabemos que a resposta é imunogénica e segura”.
Inicialmente, quando surgiu, a vacina foi aplicada apenas a adolescentes que não tivessem ainda iniciado a vida sexual, por não terem estado em contacto com o HPV. Mas os estudos em populações mais alargadas têm provado que a vacina contra o vírus do papiloma humano é eficaz nas mulheres mais velhas, de tal forma que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) já alargou as recomendações. No ano passado a EMA passou a recomendar a vacina contra o cancro do colo do útero a todas as mulheres até aos 45 anos, e não apenas até aos 26, tendo Portugal feito também esta adaptação.
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