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Palhaços portugueses vão animar Palestina

Os Irmãos Esferovite, grupo de palhaços portugueses, vão participar a partir de sexta-feira no primeiro Festiclown da Palestina, para mostrar que "o mundo não é tão cinzento como o querem pintar".

foto DR
Palhaços portugueses vão animar Palestina
Iván Prado lidera organização do festival

O Festiclown é um festival organizado pelos Pallasos en Rebeldía (palhaços em rebeldia), uma associação cultural e de cooperação internacional galega, liderada por Iván Prado, que convidou os Irmãos Esferovite, grupo de Vila do Conde, a integrarem a comitiva de palhaços que estará em território palestiniano até ao dia 15 de Setembro.

O Festiclown (que já existe na Galiza, Espanha) é um festival de circo, palhaços e risoterapia que durante duas semanas vai levar actuações de 20 companhias internacionais (Espanha, Argentina, Chile, Estados Unidos, Portugal), incluindo nomes como Leo Bassi e Mago Teto, às cidades de Jerusalém, Ramallah e Nablus, situadas na Cisjordânia.

Entre as várias companhias e artistas palestinianos que vão participar no festival estão a escola de circo palestiniana, que desde 2006 trabalha para desenvolver o potencial criativo de jovens palestinianos, e o grupo de circo Assirk Assaghir, de Nablus.

Os quatro Irmãos Esferovite - Pedro Correia, André Marques, Luís Almeida e Sérgio Cardoso (que não se deslocará à Palestina) - misturam humor, música (originais e versões) e artes circenses, com os quais esperam "quebrar a monotonia" do conflito (israelo-palestiniano) e dar cor a "esse lado mais cinzento".

"Entusiasmados" com a deslocação à Palestina (apenas André Marques já visitou o território), dizem estar "preparados para levar a alegria e quebrar os muros necessários para as pessoas serem um pouco mais felizes", nas palavras de Pedro Correia.

"Vamos de coração aberto", garantiu, explicando que o objetivo é "fazer rir as pessoas" e, no caso da população palestiniana, "libertá-las um pouco do estado de tensão constante do dia a dia".

As atuações vão acontecer nos principais teatros de Jerusalém, Ramallah e Nablus, mas também nos campos de refugiados e nos hospitais, "onde as pessoas precisam da presença dos palhaços e da esperança do sorriso", considera Pedro Correia.

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